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Uma Baita Jogada: Naming Rights: Vale a tradição ou o dinheiro?

sexta-feira, 28 de março de 2008

Naming Rights: Vale a tradição ou o dinheiro?

Em primeiro lugar, é necessário explicar o significado do termo, que ainda não é totalmente dominado pelas pessoas. Naming Rights, ou Direitos de Nome, é um acordo para aluguel do nome de uma casa de espetáculos, competição, ou complexo de esportes, para uma empresa dar o seu ao lugar por um determinado tempo, através de contrato.

Nos Estados Unidos e na Europa, o acordo é comum. Aliás, foi nos EUA onde pesquisadores acreditam que ele teve início. O Buffalo Bill concedeu o nome de seu novo estádio para a Rich Products Corporations, em 1973, por um milhão de dólares e um contrato de 25 anos de duração.

Alguns exemplos são o American Airlines, em Miami, a Allianz Arena, em Munique, o Emirates Stadium, em Londres, e a Kyocera Arena, em Curitiba. Em campeonatos, há a Copa Santander Libertadores.

O Arsenal, dono do Emirates Stadium, pelo contrato, receberá 150 milhões de euros durante 15 anos. Ficou acertado também que a companhia aérea de Dubai estamparia sua marca na camisa do Clube por oito anos.

Há pouco, a Juventus, de Turim, assinou com a italiana Sportfive. Assim, a nova Arena da equipe receberá o nome da empresa por 15 anos a partir de sua criação. A cada ano, a “Velha Senhora” arrecadará 6,25 milhões de euros pelo empréstimo dos direitos.

Brooks (1997) afirma que “Entre as motivações para uma organização investir em patrocínio esportivo, está a criação de uma identidade entre as marcas do patrocinado e do patrocinador, o que pode possibilitar o aumento nas vendas, na lealdade e no reconhecimento da marca do patrocinador junto ao público ligado ao esporte.”

Contudo, trocar o nome de um Estádio já existente entra em conflito com tradicionalismos. O Clube, o torcedor e a imprensa já estão identificados com o nome de sua casa. É, então, necessário fazer uma pesquisa para mensurar a viabilidade do projeto.

Além disso, há problemas com os meios de comunicação. Alguns não chamam a Equipe de Fórmula-1 Red Bull Racing pelo seu nome. Utilizam a sigla RBR. A mesma dificuldade é vivida na Kyocera Arena, chamada, às vezes, de Arena da Baixada, seu antigo nome. É preciso exigências nos contratos com os veículos para que estes usem seu nome oficial.

Também há entraves quanto à infra-estrutura. Empresas não investirão em locais que não apresentem condições de limpeza, segurança e conforto.

Apesar das dificuldades mencionadas, o Naming Rights é uma excelente estratégia de Marketing, que rende muito dinheiro. Há de prevalecer sobre o conservadorismo da mente das pessoas. No futebol de hoje, os Clubes não podem depender somente das vendas de jogadores e das receitas da televisão. É fundamental encontrar novas formas de receita.

Pela evolução dos Clubes Brasileiros!


Foto: arsenal.com

3 comentários:

Anônimo disse...

demorou.nós tanto reclamamos da falta de recursos para nossos times terem mais craques e quando surge uma alternativa há pessoas que se pegam em um conservadorismo que não leva à nada.

Anônimo disse...

é o futuro do futebol meu caro amigo!

Daniel Leite disse...

Felipe, parabéns pelo texto e pelo tema!
Eu sou mais progressista quando o assunto é "Naming Rights". Ainda que haja as tradições, inovar é muito interessante para angariar mais recursos. E existe também, como foi dito, a possibilidade de as pessoas manterem os antigos nomes das casas de seus clubes, o que seria ruim para a empresa que paga, e ótimo para o clube que recebe.

Até mais!