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Uma Baita Jogada: 2008

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Maior da América Latina à maior do mundo

A maior torcida do mundo. O maior contrato entre um Clube e uma marca de artigos esportivos dentro da América Latina. A maior empresa do segmento no Brasil. É um dos poucos casos de uma marca nacional dominante em seu país, junto com Adidas, na Alemanha, e Nike, nos Estados Unidos. Três elos. Assim como os da Olympikus.

Depois de romper com a Nike, o Flamengo anunciou que estampará a marca brasileira, de propriedade da Vulcabras, em sua camiseta. Os valores do contrato impressionam. Durante cinco anos e meio, o Fla receberá 21 milhões de reais anuais. A quantia, que totalizaria 105 milhões, poderá chegar até 170 milhões, devido aos royalties que a Olympikus pagará pelas lojas do time que serão instaladas pelo Brasil. Números à altura de um Clube com 35 milhões de torcedores.

“A loja mais importante será na Gávea. Ela será ligada ao museu e sem dúvida se transformará em um ponto turístico do Rio. As demais serão no Norte, Nordeste e Centro-oeste”, afirma Tullio Formicola Filho, Diretor da Vulcabras.

Ainda está prevista a construção de um museu de 2.400 metros quadrados. Segundo o Vice-Presidente de Marketing do Mengo, Ricardo Henrichsen, “no padrão europeu, do mesmo nível do Barcelona.”

O rompimento com a Nike, a qual pagava 9 milhões por ano, era uma morte anunciada. No ano passado, a norte-americana atrasou a entrega de materiais de jogo. Diversas vezes, o Flamengo teve de vestir uniformes antigos. Advogado do Clube, Pedro Trengrouse relatou ao globoesporte.com: “Em alguns momentos, nossos atletas entraram em campo maltrapilhos”. Antes do segundo jogo da final do Campeonato Carioca, entre o Rubro-Negro e Botafogo, já havia camisas comemorativas ao título estadual.

Ainda houve mais um desgaste na relação. Quando foi apresentado o terceiro uniforme do Clube, a Nike utilizou, para a divulgação do produto, uma imagem na qual aparecia um muro da Gávea aos pedaços. O Presidente do Fla, Márcio Braga, lamentou na época. “O Flamengo foi agredido por eles. Custei a acreditar que um parceiro nosso seria capaz de uma atitude tão agressiva.”

Com a rescisão, o Flamengo trocou o swoosh por três pontos de interrogação e, assim, promovendo a curiosidade no torcedor.

Confesso que fui pego de surpresa com esta notícia. No ano passado, em palestra realizada na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, o Gerente de Comunicação da Olympikus, Márcio Callage, afirmou que a marca não faria investimentos no futebol. Para ele, a Olympikus, que já patrocina o Comitê Olímpico Brasileiro e a Confederação Brasileira de Atletismo, seria “apenas mais uma” nesse esporte.

Por e-mail, o contatei para saber o motivo. Prontamente, Callage disse que a razão era o tamanho da torcida do Flamengo. “Ou entrávamos assim, ou era melhor ficar de fora”, afirmou. Acertadíssima decisão. O apelo do Rubro-Negro é tanto nacional, quanto internacional. E o risco de os torcedores rivais “boicotarem” artigos da marca é mínimo, para não dizer zero. Os extremamente radicais são poucos.

Na década de 80, com a introdução das grandes marcas estrangeiras no mercado brasileiro, na qual a Olympikus decidiu investir em design e tecnologia, além de ratificar seu caráter nacionalista. Hoje, mais uma vez, a gigante brasileira compete de igual para igual contra as gigantes internacionais. E, agora, volta com tudo ao futebol, depois de patrocinar o Grêmio, no início dessa mesma década.

E fica de lição aos outros fortes Clubes brasileiros. Devem ter idéia de suas grandezas para buscarem contratos que, ao menos, se aproximem ao fechado entre Flamengo e Olympikus.


Foto: Márcia Feitosa/VIPCOMM

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Voltando

O Uma Baita Jogada ainda vive. Depois de dois milhões de dias sem dar as caras, o autor deste Blog volta a publicar as informações que estão acontecendo no mundo das cifras no esporte.

Neste período, ele foi vítima de assalto à mão armada. Levaram carro, carteira, celulares e a bolsa de sua mãe, que estava com ele. Neste período, ele se recuperou do susto. Neste período, ele teve de fazer todos seus documentos novamente. Neste período, ele teve algumas provas e trabalhos na Faculdade. Enfim, foi difícil dar tempo ao Blog. Neste período.

No Marketing, também ocorreram algumas novidades. Desta vez, bem legais.

O Corinthians, depois de ter criado sua própria agência de viagens, a TimãoTur, lançou um computador personalizado com sua marca, o PC Timão. O Marketing do Clube projeta que sejam vendidos 3.000 computadores por mês. O próximo passo é o desenvolvimento de celulares. Além disso, deverá fazer um DVD sobre a trajetória do Clube na Série B do Campeonato Brasileiro, possivelmente, com a ascensão à Série A, assim como o Grêmio fez com a “Batalha dos Aflitos”.

O Atlético Paranaense inovou de novo. Agora, foi a vez de o Furacão contratar o jovem Abdulla Al Kamali. O que seria um simples reforço pode ter uma boa explicação no Marketing: Al Kamali é natural dos Emirados Árabes, mesmo país do Emirates Group. Seria um indício de um novo naming right para a Arena? Ou o Atlético deseja maior exposição na mídia internacional? Ou seria, mesmo, apenas um “simples reforço”? O certo é que a contratação do primeiro jogador árabe por um Clube brasileiro está tendo muita repercussão.

O Biro-Biro venceu a eleição contra o Maradona, promovida pela Coca-Cola, por um voto, completando, com muito bom-humor, a campanha que esclareceu quem foi o melhor, na opinião dos brasileiros. Ao final do último vídeo da brincadeira, ‘Dieguito’ aparece falando: “No puede ser verdad! Voy recontar las tampitas.”

A Portuguesa lançou uma ação junto aos seus torcedores. Aproveitando o sucesso que o terceiro-uniforme de outros Clubes vem tendo, a Lusa definiu que sua torcida escolherá o novo modelo, que será na cor preta. A Cavalera, famosa grife de roupas, desenhou quatro camisas.

Por seu lado, o Cruzeiro decidiu ir pelo lado da Responsabilidade Social. Até quatro de junho, a Raposa estará recolhendo agasalhos nas três lojas Cruzeiro Mania. Quem doar alguma roupa concorrerá a três camisas oficiais do Clube. O sorteio ocorrerá no dia seguinte ao prazo final, será aberto ao público e contará com a presença dos jogadores Fabrício, Jadílson e Thiago Heleno. Ademais, a camisa do Cruzeiro foi eleita a mais bonita, dentre os participantes do Brasileirão, em pesquisa feita pela Revista Playboy com cinco especialistas.

O Náutico ousou. Pela quinta vez, fez alterações em seu distintivo. Agora, acrescentou mais uma estrela - a do título Pernambucano de 2001, ano do Centenário do Timbu. A inscrição ‘Náutico’ deverá ser retirada e o vermelho será mais escuro.

Na Série C, o Noroeste lançou uma promoção muito interessante aos seus torcedores. Quem quiser se antecipar e comprar os três ingressos para os primeiros jogos do Clube na competição pagará apenas 15 reais e terá a opção de adquirir mais quatro, pagando 20 reais a mais. 35 reais para sete jogos. Lotar o Alfredo de Castilho é dever da torcida.

Voltando a Belo Horizonte, o Atlético Mineiro apresentou seus novos fardamentos. Em ano de Centenário, o Galo homenageia seu passado e usa o primeiro símbolo da história do Clube. Como quase todas camisas de futebol, esta, desenvolvida pela Lotto, tem um preço elevado: 169,90 reais.

E, por fim, hoje, foi lançada, pelo Lance!, uma baita promoção destinada aos torcedores dos quatro grandes Clubes paulistas. A 'Camisa Histórica' entregará réplicas de camisas antigas de Corinthians, Santos, São Paulo ou Palmeiras aos leitores que juntarem 25 selos, que sairão diariamente no jornal a partir de quatro de junho, e pagarem 39 reais. Extraordinária! Certamente, será sucesso absoluto. As camisas antigas estão tendo muita aceitação há algum tempo.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Sócios Lusos

Uma modalidade de sócio bem diferente daquelas que conhecemos. Na última quarta-feira, dia 14 de maio, a Federação Portuguesa de Futebol, em parceria com o Banco Espírito Santo, criou uma baita novidade aos lusitanos. Trata-se da campanha “Seja Sócio da Selecção”.

O projeto tem como objetivo buscar 45.000 sócios em apenas 50 dias. Um tanto quanto ousada. O grande ídolo do futebol lusitano, Eusébio, presente no lançamento da idéia, declarou: “Em vez de 45 mil, esta iniciativa vai ter mais de cem mil pessoas a aderir”. O Pantera Negra foi, inclusive, um dos primeiros a se associar.

Diferente das associações tradicionais, o cartão de sócio não requer muitas despesas. “É gratuito, não implica pagamento de quotas, mas apenas descontos na aquisição de bilhetes e possibilidade de participar em passatempos ou em sorteios de equipamentos oficiais”, afirma Paulo Padrão, Diretor de Comunicação do Banco. Os cartões BES – Selecção Nacional podem ser tanto de crédito, quanto pré-pagos.

Com a proximidade do Euro 2008, o projeto almeja a mobilização portuguesa em torno das grandes competições. Torcedores e famílias apoiando cada vez mais o selecionado. "O BES é um dos patrocinadores oficiais da Seleção e cabe-lhe, por isso, contribuir para aumentar a relação de proximidade entre os portugueses e a sua Seleção", continua Padrão.

Quem aderir ao cartão terá desconto de 7,5% nos ingressos da Seleção em território nacional, que não sejam organizados pela UEFA e pela FIFA, concorrerá a “camisolas” oficiais da “equipa” e viagem para acompanhar Portugal, na Suíça, e terá a certeza de que 10% dos ingressos estarão reservados a eles. A compra das entradas será através do site oficial da Federação Portuguesa. O cartão deverá valer até 2010, durante as Eliminatórias para a Copa.

Presidente do BES, José Manuel Espírito Santo, explica: “Trata-se de promover o espírito de apoio da Seleção”. E brinca: “O cartão é de borla, e olhem que isto vindo de um banqueiro é raro.”

Esta é mais uma iniciativa do Banco à Seleção Portuguesa. Em 2006, antes da Copa do Mundo da Alemanha, o BES lançou a campanha “A Mais Bela Bandeira do Mundo”, através da qual participaram 15 mil mulheres, que unidas, formaram a maior bandeira humana já feita na história. A jogada deu a ele a liderança no retorno de investimentos entre os patrocinadores da Seleção.


Imagem: sociodaseleccao.pt

quarta-feira, 14 de maio de 2008

É permitido proibir

Pensava que a mentalidade retrógrada pertencia apenas a alguns Dirigentes. Pensava que somente Dirigentes poderiam tomar certas decisões no Clube. A partir de agora, não penso mais. Ou pensarei muitas vezes antes de, realmente, pensar em algo.

O tema já foi comentado aqui algumas vezes; portanto, não precisarei me estender muito. O terceiro uniforme. De fato, é um tema polêmico. Mas, a palavra final quanto a algo sempre deveria vir da Alta Administração.

Na verdade, queria falar sobre o sucesso cada vez maior da venda das camisetas roxas do Corinthians. Segundo informações do Clube, desde que foi lançada, foram comercializadas mais de 200 mil peças. Além disso, em Ribeirão Preto, onde o Timão esteve ontem, o ônibus roxo virou atração na cidade. Muitos torcedores tiraram fotos junto ao veículo.

Na contramão do sucesso, o Corinthians só utilizou o roxo uma única vez. Em uma vitória contra o Fortaleza, há quase 40 dias.

Segundo o Vice-Presidente de Marketing do Corinthians, Luiz Paulo Rosemberg, o uniforme não foi mais aproveitado, pois "Estávamos apenas cultivando a escassez, o que causa a vontade. A roxa é emocional e vai seguir fazendo sucesso". Se fosse apenas isso, seria excelente. Mas há outra explicação; talvez mais contundente. A Gaviões da Fiel, Torcida Organizada do Clube e uma das maiores do Brasil, não permite que o Corinthians entre em campo de roxo nos jogos decisivos. Rosemberg afirma: "Tem realmente um pedaço da Gaviões que não gosta. A gente respeita, mas muitos corintianos aprovaram, a venda está bonita e vamos utilizá-la."

Pelo visto, o Clube virou refém da Torcida. Contrariá-la não seria o mais indicado. Poderia haver reações, como novas pichações nos muros do Parque São Jorge. Contudo, poderia (se é que não houve) haver um debate entre as partes.

A volta do Corinthians Roxo deverá ocorrer contra o ABC, em Natal, no dia 24 de maio, em jogo válido pela Série B do Campeonato Brasileiro.


Foto: AE

domingo, 11 de maio de 2008

Não é o fundo do poço

Aos 17 anos, ele já estava na delegação brasileira que foi Campeã do Mundo, nos Estados Unidos, em 1994. Em 96 e 97, ainda precoce, foi eleito o melhor jogador do mundo. Em 98, foi finalista da Copa do Mundo, na França, e escolhido o craque da competição. Em 2002, na Ásia, novamente conquistou a Copa. Nesse mesmo ano, mais um troféu de melhor do mundo. Na Seleção Brasileira, é o segundo maior artilheiro de todos os tempos. Em Copas do Mundo, o maior.

Não há dúvidas de que estamos falando em Ronaldo Luis Nazário de Lima. Ou, simplesmente, Fenômeno. Como preferirem. Tecnicamente é perfeito. Mas o problema de Ronaldo é outro. Aliás, os problemas.

Além das constantes lesões, o Fenômeno vem enfrentando problemas extra-campo. Desde 2005, luta contra o peso. Chegou a ser apelidado de “Gordo”. Na Copa da Alemanha, há relatos de que tenha chegado pesando 100 quilogramas.

E, há duas semanas, envolveu-se num lamentável caso. Depois de discutir com sua (ex) noiva, Maria Beatriz Antony, o jogador decidiu procurar por um programa no Rio de Janeiro. O que não contava é que as três pessoas que estavam com ele, no motel, fossem travestis. Essas, que já confessaram que não houve relacionamento íntimo nem uso de drogas, tentaram extorquir Ronaldo, pedindo dinheiro para que o caso não saísse na mídia.

E devido a esse escândalo, foi noticiado que o Fenômeno poderia perder seus principais contratos de publicidade: com a TIM, e o vitalício com a Nike. Alem desses, ele ainda é patrocinado por Ambev, Crescina e Santander.

A gigante norte-americana ainda não se pronunciou definitivamente. David Grinberg, gerente de comunicação da empresa, divulgou nota oficial na qual dizia que “A Nike não comenta este assunto. Nós continuamos a desejar ao Ronaldo uma excelente recuperação de sua lesão no joelho para vê-lo novamente nos campos de futebol o mais rápido possível.”

Por outro lado, a TIM, ao contrário do que foi divulgado pelo jornalista Ancelmo Góis, de O Globo, já afastou a possibilidade. “A TIM, considerando as circunstâncias envolvendo o jogador Ronaldo, não vê motivos para o cancelamento de seu contrato com o craque.”

O empresário do artilheiro, Fabiano Farah, descarta qualquer hipótese de rescisão dos contratos publicitários que ele tem. Em comunicado divulgado pela assessoria de imprensa do jogador, afirma:

“O que ocorreu não é de âmbito legal. Esse tipo de recurso não cabe a nenhum contratante do Ronaldo. Não está legitimado em qualquer contrato do jogador, até porque, para uma rescisão contratual, Ronaldo deveria ser condenado publicamente. Mas ele não cometeu nenhum crime, não infringiu nenhuma lei. Pelo contrário. Ele é a única vítima do caso.”

Eis que questiono: é saudável para uma empresa ter um garoto-propaganda relacionado a escândalos que envolvam prostituição e adultério? Certamente não. Nenhuma organização quer isso. Há possibilidade de os conflitos refletirem negativamente na imagem da própria empresa, pois é normal que as pessoas façam associações de pessoas a marcas. E é fato que as empresas não vendem apenas produtos e serviços. Vendem, também, valores agregados a ela.

Mas devemos pensar na imagem de Ronaldo também. E, como estudante de Relações Públicas, estou apto a falar isto: é hora de aproveitar a exposição para a realização de algum ato que proporcione ao Fenômeno “a volta por cima”. É em situações de crise, que se tem maior exposição à opinião pública. Todos estão acompanhando o caso Ronaldo. E qualquer ação que o jogador venha a tomar agora terá maior repercussão do que teria em outro momento. É de um bom profissional de Relações Públicas que o craque está precisando.

E, assim, o acontecido tornar-se-á passado. Ele não foi o primeiro. Em 2004, o astro da NBA, Kobe Bryant, viu-se em situação parecida. Acusado de estupro, correu risco de perder seus contratos com Coca Cola, McDonald’s e Nike. As empresas também não se pronunciaram. O caso foi abandonado pela acusadora, e Bryant é hoje o segundo jogador de basquete mais bem pago em contratos publicitários. E, também, não será o último.

Como ele disse em entrevista ao Fantástico: “Daqui a pouco até eu vou rir dessa historia, fazer piada disso. Quem me conhece sabe como sou, das minhas escolhas, sabe que nunca tive esse costume.”



Em tempo: um feliz Dias das Mães a todas. Em especial, à minha, Maria Isabel, à minha avó, Lúcia (in memoriam) e à Dona Sônia Nazário, a mãe do Fenômeno.


Foto: Divulgação

domingo, 4 de maio de 2008

Modelo europeu

O Internacional vai se aproximando cada vez mais rápido de sua projeção para o seu Centenário. A meta é alcançar, até quatro de abril de 2009, a marca de 100 mil associados. Para motivar ainda mais a torcida, até os jogadores Colorados tornaram-se sócios. Se o ritmo continuar como está, a Direção poderá planejar um número mais ousado.

Quando completou 99 anos, o Inter ainda não havia chegado em 60 mil. Só foi atingir esse número no dia 13 de abril. Pouco tempo depois, até a última quinta-feira o quadro social já contava com 68.679.

Desses, 50% são de Porto Alegre, 15%, da Região Metropolitana, 30%, do Interior e 5%, de fora do Rio Grande do Sul. Mais de 42 mil pertencem à categoria Sócio Contribuinte e o restante, à Sócio Campeão do Mundo.

A primeira tem mensalidade de 45 reais e dá entrada livre aos jogos do Clube. A outra, com custo de 20 reais mensais, dá direito à preferência na compra dos ingressos e 50% de desconto no valor dos mesmos. Todos sócios têm desconto em lojas conveniadas ao Clube, recebem mensalmente a revista do Inter, participam de promoções de produtos oficiais, têm acesso a áreas restritas do Site, direito a voto, entre outras vantagens.

Diante dos números do atual quadro social, o Internacional viu-se em um conflito: há mais sócios que a capacidade total do Estádio Beira-Rio, que suporta 56 mil torcedores. A Administração vermelha deve criar um método pelo qual os sócios com entrada livre tenham de confirmar antecipadamente se vão à partida. Esse terá, inicialmente, desconto na mensalidade. Depois, terá a possibilidade de colocar seu ingresso à venda, ganhando 50% do valor.

O Estádio passaria a ser ocupado apenas por sócios. O torcedor comum teria condições de assistir apenas às partidas menos expressivas. Este é o cenário que se passa hoje. Somente associados terão acesso à final do Campeonato Gaúcho, contra o Juventude.

O jornal francês L’Équipe publicou, em fevereiro, um ranking dos 100 Clubes que mais sócios têm no Mundo. Se os números estivessem inalterados desde então, o Inter estaria, hoje, na décima posição, tomando o lugar que seria da Juventus, de Turim. Na América, o Colorado já é o segundo time com mais associados, atrás do River Plate, que estaria na oitava colocação. Na semana passada, a agência e21, que tem como cliente o Internacional, criou um anúncio no qual dizia que o Boca Juniors havia sido batido, e que o próximo será a equipe de Nuñez.

O Internacional lançou ainda o Projeto Rio Grande Vermelho, o qual propõe que cada Consulado Colorado do Estado faça com que, pelo menos, 1% da população de sua Cidade seja sócio. Caso todos consigam, o Clube deverá ter mais de 150 mil associados.

Confesso que, no início da campanha, achei a meta de 100 mil sócios muito distante. Mas, hoje, faltando pouco mais de 30 mil, e com a possibilidade de um título, que certamente aumentaria ainda mais o quadro, já acredito em um número bem superior até o Centenário.

Assim, com o Internacional arrecadando quase quatro milhões de reais mensais, fora a receita com ingressos. Valor que diminuirá a necessidade da venda de grandes jogadores a cada ano. E, dessa forma, tem-se um futebol com mais craques, com melhores resultados e mais lucros.

Como eu disse, o Beira-Rio já não suporta sequer o número atual de sócios. Para o não-sócio, é ainda mais complicado. O Inter precisa optar. Dará prioridade, corretamente, aos torcedores que de fato contribuem mensalmente com o Clube. Não pode contar sempre com adeptos que hora ou outra queiram torcer no Gigante. É o que pede o futebol atual. O Internacional não está se afastando do slogan de “Clube do Povo”, como alguns torcedores dizem. Expressão designada àquele que foi fundado para abrigar torcedores de todas classes sociais. Está tendo de privilegiar o torcedor que paga rigorosamente sua mensalidade.

O Colorado que quiser ter preferência na compra de ingressos deve se associar. Não é um valor caro: 20 reais mensais. E tem desconto de 50% na compra da entrada. Assim, comparece nas partidas que quiser e não ficará fora das grandes decisões.

Não há solução mais adequada. E ainda há a necessidade de manter um elenco forte, com condições de disputar os títulos mais expressivos. O time será maior na proporção da arrecadação com as mensalidades vindas do quadro social. É com poder que se disputa, de igual para igual, contra Barcelonas ou Internazionales. O torcedor quer (e deve) pensar nas maiores glórias.


Foto: internacional.com.br

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Eu nunca vou te abandonar

O Marketing do Corinthians está se mexendo. Como já foi visto nos casos recentes de Botafogo, Palmeiras, Grêmio e Atlético Mineiro, a torcida, na Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, parece mais engajada junto ao Clube e a paixão dela, aumentar. A freqüência de estádios lotados nos jogos desses times comprova. E é a partir desses exemplos que o Timão se movimenta.

No início desta semana, o Corinthians anunciou a criação de sua agência de viagens, a Timão Tur. Ela não está restrita somente a torcedores. Pessoas que procuram pacotes turísticos também podem consultar a empresa. Conforme diz seu Site, a Timão Tur oferece 150 destinos, 750 companhias aéreas e 50 mil hotéis no mundo inteiro.


Mas o principal diferencial é o acompanhamento da torcida ao Clube. Para a Fiel, a compra do serviço dá o direito a viajar junto aos jogadores, de ficar hospedada no mesmo hotel da delegação e o recebimento de um ingresso para a partida. Já valerá para o início da Série B, em maio.

Há pacotes tanto para torcedores que desejam acompanhar o time do Parque São Jorge pelo Brasil, quanto para os que moram fora de São Paulo e queiram assistir aos jogos na Capital paulista.

Andrés Sanches, Presidente do Timão, diz que é objetivo do Clube aproximar sua torcida cada vez mais à equipe.

O Vice-Presidente de Marketing, Luís Paulo Rosenberg, planeja: “Acredito que o lucro será entre R$ 700 mil e R$ 1 milhão em um ano, até o fim do Paulista de 2009”. Ele ainda fala do caráter inédito da jogada.

Quanto a eventuais problemas que possam ocorrer, Sanches afirma: “A torcida do Corinthians protesta, mas não agride. O torcedor vai viajar junto com a delegação, sim, e não terá problema algum. Quem não quer cobrança que não venha para o Corinthians”. Para Rosenberg, “A diretoria não trabalha com o modelo de que o time tem medo da torcida. Temos de confiar um pouco mais”.

Pelo lado da torcida e das finanças, certamente é válida a estratégia do Marketing. Mas, por outro, os jogadores podem perder suas privacidades e seus momentos de descanso. E, em caso de derrota, como fica a relação? Pode ser até perigoso. É uma tarefa que requer grande planejamento, o qual já deve até ter sido feito e aprovado pelo Marketing Corinthiano.

Uma coisa é certa: A Fiel nunca vai te abandonar! Porque ela te ama!

Hoje pela manhã estou indo viajar (não com o Corinthians) e só volto no Domingo. Desejo um bom feriado e fim de semana a todos.



Foto: globoesporte.com

quarta-feira, 30 de abril de 2008

A roupa nova

Acredito que já tenha falado praticamente todos detalhes a respeito da festa de lançamento da nova camiseta do Grêmio no último texto. Por isso, não precisarei me prolongar muito. Tratarei das novidades nas camisas.

As camisas foram apresentadas por, além das já citadas Deborah Secco e Natália Anderle, Raphaela Sirena e Sofia Powacrzuck, e os jogadores André Luís, Felipe Mattioni, Leo, Marcelo Grohe, Perea, Réver, Victor e Willian Magrão,

A tradicional tricolor, em relação a 2007, ganhou mais listras, as quais têm, agora, as mesmas dimensões. Entretanto, a parte de trás deixou muito a desejar. Primeiro porque as listras não chegam até o final da camisa; terminam antes, deixando um grande buraco azul. Outro ponto negativo, em minha opinião, é a fonte do número. Ele tem a aparência quadriculada, como se estivesse pixelizado. Torcedores gremistas já se manifestaram contra esses aspectos.

Já o uniforme branco ficou muito bonito. A camisa tem gola alta e com corte em "V" e duas listras verticais. Uma azul e outra preta. O uniforme Shadow, igualmente belo, que não pode ser vestido em jogos oficiais, tem o mesmo design. A camisa celeste, terceira opção, não recebeu grandes detalhes.

O evento foi assistido por aproximadamente 500 gremistas


Foto: globoesporte.com

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Todos de olho

Um evento repleto de atrações é destaque no Estádio Olímpico, às 19 horas desta terça-feira. O lançamento do uniforme gremista da temporada 2008, em espaço ao lado da GrêmioMania, seria normal. Seria, caso não houvesse novidades. Mas há. E muito interessantes.

A primeira delas não é, simplesmente, o lançamento da nova camisa Tricolor. Mais do que isso. A camisa já está sendo vendida pela GrêmioMania e no Site Oficial ao preço de R$ 159,00. Os 100 primeiros gremistas que comprarem a peça receberão gratuitamente um convite para a festa. Mas a estratégia do Marketing Gremista foi de não divulgar nada sobre como será o modelo do uniforme. Ou seja, os torcedores estão comprando às cegas. Genial. Toda a atenção está sendo captada a esse uniforme, que, certamente, será aprovado pela torcida. O Vice-Presidente César Pacheco adianta: “Será uma das camisas mais vendidas no mundo”.

Outra certeza é que será um belíssimo evento. Literalmente. Duas lindas celebridades estão confirmadas na passarela: a nova torcedora gremista, Deborah Secco, atriz global e namorada do jogador Roger, e a Miss Brasil 2008, Natália Anderle. As duas devem fazer com que muitos fãs se dirijam ao Olímpico.

Essa é a outra novidade. A presença dos torcedores. Os gremistas que quiserem acompanhar a apresentação, que será ao ar livre, podem adquirir ingresso mediante doação de um quilo de alimento não perecível – exceto sal. O que for arrecadado será entregue ao Programa Mesa Brasil, do Sesc.

É uma atração melhor que a outra, proporcionadas pela Diretoria do Grêmio. Um evento desses com a participação do torcedor, com a presença de duas belas modelos, de cunho social. E, o principal: a apresentação do novo fardamento Tricolor, que ainda não é conhecido e que está gerando grande expectativa junto à torcida.

O uniforme, produzido pela quarta temporada pela Puma, estreará oficialmente contra o São Paulo, na primeira rodada do Campeonato Brasileiro.



Imagem: gremio.net

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Rasgando o protocolo

Eu sei. Vocês sabem. O Blog é, sim, sobre Marketing Esportivo. Mas eu não conseguiria me manter omisso ao fato único que acabo de presenciar. Este relato é baseado na emoção. Inter cinco, Paraná um. Sequer vi a partida direito. No setor da Guarda Popular, de onde costumo torcer, a visão não é das melhores. Só sabia que um dos gols havia sido feito por Magrão e outro pelo Fernandão, de pênalti. Sei também que Abelão foi um maestro. Mexeu no time com ousadia e obteve o resultado.

Um jogo incrível. Para entrar na história. No jogo de ida, em Curitiba, a equipe paranaense nos aplicou um placar de dois a zero. Um resultado horrível. Um dos piores possíveis. Mas não era hora de desacreditar. A torcida nunca abandonaria o time numa hora dessas. Afinal, como cantam os Colorados “Somos todos teus seguidores, para sempre vou te amar.”

E, o que já era complicadíssimo, ficou ainda pior. Logo no início do jogo, o Inter perdeu um jogador. Jonas, me parece. E o Paraná abriu o placar. Não quero ler outros textos para saber quem fez o gol. Quero apenas me situar na emoção que passei e passo. Um gol fora na Copa do Brasil é praticamente mortal. O agregado era de três a zero para o time paranaense. Mais o gol fora. Ou seja, um empate no número de gols dava a vantagem a eles.

Mas o Inter foi heróico. Supersticioso, vestiu o uniforme totalmente branco. Foi com ele que bateu os poderosos Barcelona e Internazionale, de Milão. Com o apoio de sua torcida apaixonada, ao som de “Vamo, vamo, Inter”, cresceu e, logo em seguida, empatou o jogo. Empatou mais ou menos. Ainda faltavam três gols para a classificação.

E o Inter conseguiu. Fechou o primeiro tempo com o placar de três a um. Só bastava mais um gol. Mas o Inter fez mais. Magrão fez o quarto. Um lindo gol. Pelo meu ângulo de visão, pareceu ter sido um gol de voleio. O Inter segurava o jogo, dava balões e investia nos contra-ataques do brilhante Nilmar. Em mais uma jogada, o craque sofreu pênalti. Fernandão converteu. Era o que faltava para a festa dos Colorados. Um dia onde tudo parecia que daria errado. Mas a torcida teve fé. E o Inter foi Gigante.

Um show do time, um show do Abel, um show da torcida. Um show particular de Magrão, Andrezinho, Fernandão e Nilmar. Muito difícil escolher apenas um, como melhor em campo. Uma noite perfeita e eterna. O Inter entra definitivamente como candidato ao título da Copa do Brasil.


Para não dizerem que não falei nada sobre Marketing, o jogo contou com painéis de led, controlados pela Traffic, que detém os direitos de patrocínio e promoção da Copa do Brasil. Sem dúvida, ótimo aos anunciantes, que têm suas marcas expostas em uma novidade que chama a atenção dos torcedores e das pessoas que acompanham o jogo pela televisão. Cada marca ocupa todas as placas por vez. Os anúncios são em cores vibrantes e animados, o que destaca ainda mais os patrocinadores.

Bom, precisava do desabafo. O próximo texto certamente será sobre o mundo dos negócios no esporte. Até breve. Se meu coração conseguir relaxar.


Fotos: Jefferson Botega e Valdir Friolin/zerohora.com

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Prazer. Red Bull Brasil.

Novamente a multinacional austríaca Red Bull investe no esporte. Desta vez, no mercado brasileiro. Depois de Red Bull New York, time de ‘soccer’ dos Estados Unidos, Red Bull Salzburg, austríaco que atua tanto no futebol quanto no hóquei no gelo, Red Bull Racing e Scuderia Toro Rosso, equipes de Fórmula-1, e promoção de eventos esportivos como o Red Bull Air Racing e o Red Bull X-Fighters, a empresa cria o “Red Bull Brasil”.

O novo Clube, fundado em 19 de novembro de 2007, disputa a Segunda Divisão do Campeonato Paulista – que promove quatro equipes para a Série A3. Sua sede oficial é em São Paulo, mas, ao menos provisoriamente, mandará suas partidas no Moisés Lucarelli, Campinas, e treinará em Vinhedo. A empresa planeja a compra de um território em Campinas, para construção de um centro de treinamento para as categorias de base.

Para o comando do time, foi contratado o ex-craque Paulo Sérgio. O ex-jogador, tetracampeão mundial pela Seleção Brasileira, além de passagens por grandes Clubes, como Bayer Leverkusen, Bayern, de Munique, Corinthians e Roma, considera o projeto audacioso. “Nosso objetivo é obter o acesso para a Série A3 nesse ano” adianta. O jogador mais conhecido do Red Bull Brasil é o experiente Fubá, 32 anos, que chega com status de “astro”. Os maiores times que o volante já defendeu foram Corinthians, Fluminense e Schalke 04, da Alemanha.

Em campo, o estreante mostrou seu cartão de visitas. No último domingo, venceu o Sumaré, fora de casa, por dois a zero, gols de Fernandão e Thiago. Sua próxima partida é contra o Elosport, em Campinas, às 10 horas. O confronto deve anteceder o primeiro jogo da final do Paulistão entre Ponte Preta e Palmeiras, às 16, o que deve aumentar os holofotes sobre o novato.

Certamente, o Clube enfrentará a polêmica quanto ao seu nome. Daqui a uns anos, quando for jogar uma grande competição, órgãos filiados à Rede Globo tratarão o time como? RBB? Tarefa para os homens do Marketing resolverem. Já expressei minha opinião. Todos reclamam da falta de incentivo ao esporte. É obrigação que todos, públicos e veículos de comunicação, valorizem os investidores, falando os reais nomes das entidades.

A título de curiosidade, para o Red Bull New York, está prevista a construção do Red Bull Park.

No início de 2006, estava praticamente acertada a parceria da empresa com o Juventude, de Caxias do Sul. Entretanto não houve concretização do negócio. Especula-se que os Dirigentes alvi-verdes não concordaram com as condições do contrato, que previa a mudança dos cores, do nome da instituição, e até da administração do futebol. Ou seja, um Clube praticamente novo. Agora a empresa cria um Clube do zero, em busca de novos torcedores.

Sensacional a Red Bull em investir pesado no esporte e se firmar, cada vez mais, como grande potência e case de sucesso no Marketing Esportivo. É o tipo de investimento com retorno garantido.



Foto: Divulgação

domingo, 20 de abril de 2008

Negócios antecederam classificação da Ponte

A semana da Ponte Preta foi agitada. Depois de bater o Guaratinguetá por um a zero, em Campinas, no primeiro jogo da semifinal, a Macaca viu com bons olhos a possibilidade de se classificar à final do Campeonato Paulista de 2008. Desta forma, movimentou-se para aproveitar a boa fase aliada à paixão da torcida. Hoje, com mais uma vitória, confirmou sua vaga na decisão.

Antecipando um projeto que seria implementado para o Brasileiro da Série B, o Departamento de Marketing campinense pôs no ar o site da loja oficial do Clube, junto com a empresa “Mania de Futebol”. O motivo foi tirar proveito da situação única em que está passando, lucrando com a euforia dos torcedores. Com a loja virtual, a Ponte estreitará suas relações com seus adeptos de fora do Estado e até do Exterior, como afirma o Diretor de Marketing, Uéselis Amaral.

O Clube conseguiu, ainda, firmar parceria com a Associação Comercial e Industrial de Campinas para, através da campanha “Rumo ao Título”, buscar empresários que pudessem patrocinar, ao menos, 30 ônibus para levar os pontepretanos ao Estádio Professor Dario Rodrigues Leite. A própria Acic foi a primeira a disponibilizar um ônibus. Os torcedores tiveram de pagar a importância de apenas cinco reais.

E não parou por aí. Foram disponibilizados 3.000 ingressos à torcida visitante, ao preço de 40 reais, o mínimo determinado pela Federação Paulista de Futebol para as semifinais da competição. Um empresário local, não identificado, adquiriu 2.000, pagos do próprio bolso, e os vendeu pela metade do preço aos seguidores. Ação, esta, que lembrou a realizada pela Direção do Glasgow Rangers, da Escócia, que cedeu entradas para seus torcedores, como foi dito aqui no Blog, há pouco tempo.

O goleiro da Ponte, Aranha, herói da classificação com belas defesas, inclusive uma de pênalti, já tinha dito que “A torcida da Ponte fez a diferença até agora e continuará sendo importante para o nosso time. A presença dos torcedores é uma motivação a mais, sem dúvida”.

Segundo o site Futebol Interior, as empresas que aceitaram se identificar, dentre as que patrocinaram a campanha “Rumo ao Título”, são: Acic, Artesiana, Drogavet, Eletrisa, SEM, Euro Suit, Gráfica Campinas, Higa, Medicamp, Ouro Verde Despachante, Sika, 3 Vias e WS.

Toda essa mobilização do Marketing pontepretano surtiu efeito: em campo, os alvinegros venceram o Guaratinguetá pelo placar de dois a um e, agora, esperam o vencedor do confronto entre Palmeiras e São Paulo, amanhã, para a disputa da final. Nenê abriu o placar para o time da casa, enquanto Luís Ricardo e Wanderley viraram o jogo para a Macaca.

Foto: pontepretaesportes.com.br

quinta-feira, 17 de abril de 2008

O mais lembrado

O prêmio Top of Mind, promovido pela Revista Amanhã, é realizado há 18 anos. Funciona da seguinte maneira: entrevistadores perguntam à sociedade qual é a primeira marca que lhes vêm à cabeça dentre algumas categorias propostas: personalidade, produto e serviço.

A edição gaúcha de 2008 da pesquisa ouviu 1.200 pessoas, entre homens e mulheres, de 16 a 65 anos, e das classes sociais de A até E, de 2 a 19 de fevereiro.

E, na categoria serviço, subcategoria time de futebol, o vencedor foi o Grêmio Foot-Ball Portoalegrense. O Tricolor ficou à frente de seu arqui-rival, o Sport Club Internacional, sendo, assim, eleito o time mais lembrado pela décima-terceira vez consecutiva.

O Grêmio venceu com 52,3% dos votos, enquanto o Inter obteve 38,8%, diferença maior que a de 2007. Em Porto Alegre, o saldo é baixo: apenas 1,8%. Mas a vantagem Gremista é bem maior no Interior, 14,5% sobre o Colorado, e, principalmente, na região da Grande Porto Alegre, na qual o Tricolor vence com 16,7%.

Números que, certamente, enchem de orgulho os Gremistas, enquanto preocupam os Colorados, mesmo sem esclarecer definitivamente quem é a maior torcida da Capital, uma eterna briga que não deverá ter fim tão rapidamente. Sempre há aquele que diz que esse tipo de enquete não tem validade. Mas eu, como estudante de Relações Públicas, sei da importância e confiabilidade das pesquisas de opinião pública, embora ache que o tamanho dessa amostra poderia ser um pouco maior. Mesmo assim, não há como se contrapor. Há 13 anos que o Grêmio é a marca líder da pesquisa.

Para finalizar, gostaria de pedir desculpa aos leitores pela falta de atualização durante esta semana. Passei por uma dura semana de provas na Faculdade. Mas, agora, o Blog continua!


Imagem: gremio.net

domingo, 13 de abril de 2008

Mais caro que Copa do Mundo

Atlético Paranaense já poderia constar como sinônimo de negócio. Onde há polêmica, onde há novidade, onde há cifras, lá está o CAP. Por ter essa postura inovadora, muitas vezes acaba tendo de carregar o peso de ter apresentado uma grande mudança. Queremos ou não, o futebol brasileiro ainda é de visão predominante retrógrada.

Mas, desta vez, não chegou a ser o pioneiro. Clubes de Santa Catarina impuseram cotas para a transmissão do Estadual deste ano. A disputa está ocorrendo nos tribunais. O Furacão destacou-se mais que os catarinenses devido à sua grandeza.

Foi o fato mais discutido da semana passada. O Clube Atlético Paranaense anunciou que cobrará das emissoras radiofônicas, a partir do Campeonato Brasileiro (incluindo a Copa Sul-Americana), uma taxa de R$ 15 mil por partida. Se a empresa quiser comprar o pacote de 38 jogos da competição nacional, o preço é de R$ 456 mil. Atentem aos “38 jogos”. Isso quer dizer que seja na Arena da Baixada, seja no Maracanã, por exemplo, as rádios terão de pagar para transmitirem as partidas. Quero ver, caso o Furacão enfrente o Boca Juniors na Sul-Americana, o que uma emissora de Buenos Aires acharia disso. Pagar a um visitante. O valor será somente cobrado em caso de transmissões inteiras, não por flashes dos jogos.

Eu até acho que o pagamento é justo. As rádios recebem pelas cotas de publicidade. Ganham e usufruem da infra-estrutura do Clube. Acabam, portanto, lucrando por algo que não pagam ao anfitrião. Mas seria necessário, em minha opinião, haver um debate entre as partes interessadas. Não simplesmente o decreto do Atlético em seu site oficial. Também penso que a cobrança deveria ser feita apenas pelo mandante das partidas. E o principal, o valor da taxa. Vejamos:

Marcelo Ortiz, coordenador de Esportes da Rádio Banda B, afirma que foram pagos US$ 70 mil (aproximadamente R$ 118 mil) pelos direitos de transmissão dos 64 jogos da Copa do Mundo da Alemanha; 1,9 mil reais por jogo. Ou seja, o Furacão quer cobrar das rádios um preço quase oito vezes mais caro que o pago pelas partidas da maior competição de futebol do planeta. Acho que, dentro deste contexto, mil reais já seria um preço elevado.

Como disse, não sou contra a cobrança. O futebol não pode viver apenas das cotas da TV, de venda de jogadores, publicidade e bilheteria. Acredito que outros Clubes tomarão posturas semelhantes daqui a um tempo. Há de se valorizar suas marcas no mercado. O problema é o valor totalmente fora da realidade. Afinal, as emissoras também têm suas despesas, com funcionários, transportes, equipamentos, entre outras. E será que a mercadoria vale todo esse preço? Não ficando apenas no caso do Atlético. Mas no futebol brasileiro como um todo, onde os principais astros saem, rumo à Europa, em pouquíssimo tempo depois de estrearem como profissionais. Temos, sim, as melhores condições de fazermos do Campeonato Brasileiro o melhor do planeta. Mas nos falta organização e maiores investimentos. Acho que ainda não temos capacidade para cobrarmos um valor oito vezes mais caro que uma partida de Copa do Mundo.

Caso ocorra um boicote das rádios, o principal prejudicado será o torcedor do próprio Atlético. O Clube - que transmite suas partidas pela internet, apenas para os sócios - afirma que, caso nenhuma emissora se interesse, alugará espaços em rádios AM e FM para as transmissões de seus jogos. Mas será que é positiva uma narração inteiramente parcial? Ou os responsáveis (contratados pelo Clube) teriam coragem de criticar o time e/ou a Diretoria? Será que não há risco de algumas emissoras optarem por deixar de publicar informações sobre o CAP, em seus noticiários? Ou, então, cobrariam por minuto informado sobre o time? Afinal, também é uma forma de publicidade ao Clube.

E mais: quando o Furacão for atuar pela Copa do Brasil contra um time de uma região extremamente pobre, por exemplo. As emissoras não teriam, provavelmente, condições de arcar com os custos da transmissão. E o torcedor daquele Clube que não tiver condições de ir ao Estádio não poderá acompanhar nem via rádio? Não poderá saber informações sobre sua própria equipe? E os adeptos que vão ao estádio e têm o hábito de levarem o radinho de pilha para ouvirem as emocionantes narrações que este meio oferece teriam de deixar de lado essa característica histórica do futebol?

Isso tudo vai contra o tão comentado e elogiado Marketing Rubro-Negro. Os atleticanos, por seu lado, temem que sua equipe seja vista como antipática pelos outros torcedores brasileiros e pela imprensa nacional.

A Associação Brasileira dos Cronistas Esportivos já tomou partido: divulgou uma nota oficial, na qual diz: “Esquece sua diretoria o trabalho dos Cronistas Esportivos e das emissoras de rádio, do Paraná, que falam dezenas de horas, diariamente, sobre esporte, principalmente de futebol, informando, promovendo e enaltecendo, GRATUITAMENTE, o futebol Paranaense onde é destaque o Clube Atlético Paranaense.”

Espero não ser cobrado por estar falando o nome do Clube Atlético Paranaense. Talvez, eu passe a falar do Furacão como “o Clube de Curitiba que veste vermelho e preto”.


Foto: furacao.com

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Maradona ou... Biro-Biro (?!)

No próximo domingo, dia 13, será lançada a mais nova campanha da Coca-Cola. Sob o slogan de “Viva o lado Coca-Cola do futebol”, a empresa apresenta uma eleição, no mínimo, inusitada. Um argentino e um brasileiro disputando quem foi o melhor, na opinião do público. Desta vez, não estamos falando em Pelé.

Pontos-de-venda do refrigerante ganharão duas urnas: uma com o nome de um dos maiores jogadores do mundo: Diego Maradona. Na outra, Biro-Biro, ex-meia e ídolo do Corinthians. Os consumidores comprarão a bebida e depositarão a tampinha na urna do atleta que consideram o melhor. O resultado será divulgado no final da campanha.

Para quem não se recorda, Biro-Biro foi um jogador que se destacava mais pelos cabelos loiros, que lembravam o colombiano Valderrama, pelo bigode e por sua garra dentro de campo, do que pela qualidade técnica. Diferente de Dieguito, extramente habilidoso.

Cheio de bom-humor, o anúncio, voltado exclusivamente ao mercado brasileiro, é feito em animação, destacando ainda mais a brincadeira. A campanha foi criada pela JWT e é inspirada nas rivalidades entre Brasil e Argentina, no esporte, e nos populares debates entre os torcedores sobre quais foram os melhores jogadores do passado.

Ricardo Fort, Diretor de Marketing da Coca-Cola, no Brasil, destaca: “Este é um ano importante para a marca, uma vez que somos patrocinadores oficiais dos Jogos Olímpicos de Pequim”. Fort ainda afirma que "O futebol ajuda a manter uma conexão diária com o consumidor que gosta do esporte". A idéia é de que todos se sintam estimulados a participar da escolha.

Novamente, Maradona participa de uma divertida e criativa campanha envolvendo a rivalidade entre os dois países. Em 2006, o argentino era a principal estrela do comercial do Guaraná Antarctica, no qual sonhava estar vestindo a camisa da Seleção Brasileira.


terça-feira, 8 de abril de 2008

Astros da bola e das cifras

Os dois profissionais do futebol que mais faturaram, em 2007, são um jogador da liga estadunidense e um treinador que está desempregado. Segundo pesquisa da revista francesa “France Football”. O inglês David Beckham e o português José Mourinho foram os que mais ganharam dinheiro, entre salários, publicidade, e outros ganhos.

Pelo jeito, a saída do “Spice Boy” da Europa para um mercado não muito visível, não prejudicou seus rendimentos. Desde o ano passado no Los Angeles Galaxy, dos Estados Unidos, Beckham arrecadou 31 milhões de euros (cerca de 83 milhões de reais) durante o ano, contando salários, percentual sobre venda de camisas e Marketing.

Ficou à frente de craques como o brasileiro Ronaldinho, que somou 24 milhões de euros. Dos possíveis candidatos a melhor jogador do mundo pela Fifa, o argentino Lionel Messi incluiu 23 milhões em sua conta e o português Cristiano Ronaldo, 19 milhões e meio. Outro postulante, o brasileiro Kaká ficou na nona colocação, entre os jogadores, juntando 12,9 milhões, em 2007.

Por sua vez, Mourinho, sem Clube desde setembro, recebeu mais do que o dobro do segundo lugar entre os técnicos, Fabio Capello. Enquanto o português faturou a fortuna de 29 milhões de euros, o italiano, treinador da Seleção Inglesa, arrecadou 14 milhões e 200 mil. O motivo para tanto dinheiro é claro: Mourinho foi beneficiado por uma milionária cláusula rescisória junto ao seu ex-clube, o Chelsea. Pela terceira vez consecutiva, é eleito o treinador mais bem pago do mundo. O terceiro coach que mais embolsou foi Alex Ferguson, do Manchester United, com 7,4 milhões.

Na semana passada, a revista estadunidense “Sports Illustrated” divulgou sua lista, com Kaká na primeira colocação. Entretanto, a mesma conta somente os salários, sem patrocínios e outros ganhos extras.


Foto Beckham: Divulgação
Foto Mourinho: chelseafc.com

domingo, 6 de abril de 2008

Volta a Arena da Baixada

Dia 31 de março, segunda-feira, encerrou-se o contrato entre a Kyocera e o Clube Atlético Paranaense. O acordo tinha a duração de três anos, prorrogáveis por mais dois. Não houve interesse, de ambas as partes, de renovação.

Cogita-se que o Furacão recebia em torno de US$ 2 milhões anuais pela cessão dos naming rights e patrocínio na camiseta.

O Atlético queria, ao menos, dobrar esse valor. A quase certa participação da Arena da Baixada na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, e a visibilidade que ela terá são os argumentos dos Dirigentes, para uma maior cota.

Entretanto, a empresa japonesa queria até diminuir seu investimento, alegando que esperava que o Clube obtivesse melhores campanhas durante esses três anos. Nesse período, o Atlético foi vice-campeão da Copa Libertadores e chegou às semifinais da Copa Sul-Americana. No Brasileiro, sua melhor colocação no Brasileirão foi o sexto lugar de 2005. Em 2006 e 2007, ficou na décima-terceira e décima-segunda posição, respectivamente.

Outro fator (primordial) que pesou foi a Rede Globo. A conduta de o grupo, em nenhum de seus veículos, não mencionar o nome de patrocinadores (como já foi dito neste Blog) certamente prejudicou a visibilidade da marca.

Agora, o Furacão buscará cotas de patrocínio separadamente. Uma para os naming rights do Joaquim Américo (nome oficial da Arena) e outra para estampar a camisa. Para o estádio, a intenção é de que se busque um investimento de maior duração – pelo menos até o final da Copa.

O Emirates Group está cotado para a compra dos “direitos de nome”, assim como faz com o Emirates Stadium, do Arsenal.

Para a tarefa de buscar novos investidores, o Clube contratou os serviços da estadunidense Premier Partnerships, líder no mercado de Marketing Esportivo do país. A empresa foi responsável por buscar naming rights para o estádio do FC Dallas, que mantém parceria com o Atlético. Hoje, seu nome oficial é ‘Pizza Hut Park’.

“Temos certeza de que com um contrato bem feito e uma estratégia de comunicação competente, o novo nome será usado e falado por todos”, disse Mauro Holzmanm, Diretor de Marketing do CAP, ao jornalista André Kfouri.

É impossível a idéia de os Clubes se organizarem e exigirem que, no contrato, houvesse uma cláusula para que todos veículos de comunicação pronunciem os nomes oficiais, ou seja, incluindo o patrocinador, quando houver? A Rede Globo (e todas as outras) deveria valorizar quem investe no esporte. Por outro lado, outra interessada no Campeonato Brasileiro, a Record, desistiu de comprar os direitos televisivos da competição, pois a proposta não permitiria que houvesse uma concorrência igualitária com a Globo. Até o final de 2011, a hegemonia continuará sendo da empresa da família Marinho.


Foto: furacao.com

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Camisas 'coloridas' vendem

Poucos dias após escrever um texto sobre times que romperem com tradicionalismos para confeccionar uniformes com cores ‘não-oficiais’, volto a abordar o tema. Desta vez, falo dos resultados. Alguns números que tive acesso.

O assunto pautou a imprensa esportiva durante toda a semana passada. Ainda é assunto nesta semana. A camisa roxa do Corinthians está dando o que falar. Sem dúvida, dentre as três utilizadas por Santos, Palmeiras, além do Timão, é a que mais gera polêmica. Por dois motivos principais: devido ao preconceito de que o roxo seja uma cor de predominante preferência feminina; e a mentalidade fechada de parte da torcida, uma das maiores do Brasil, que não quer que o Clube vista outra cor, senão o preto e o branco.

Gostem ou não, progressistas ou conservadores, a camiseta está tendo extraordinária aceitação. Talvez, devido a toda repercussão em torno dela. O fato é que, em menos de uma semana, foram vendidas mais de trinta mil (!!!) camisas dessa cor. Se, mesmo sem ser utilizada, ela já atingiu essa marca, imaginem quando começarem a vesti-la.

O Santos também aproveitou-se da tática. Em apenas dois dias, 600 camisetas azuis, com detalhes dourados, foram comercializadas. O uniforme tem certa inspiração no modelo usado pelo Clube do litoral paulista em 1912.

O sucesso da camisa verde-limão do Palmeiras também é grandioso. Nas duas semanas que sucederam sua criação, foram vendidos 20.000 exemplares. Um número excepcional, que certamente aumentou ainda mais nos últimos tempos. O efeito que a camisa provoca na arquibancada é muito bom: milhares de camisetas dessa cor são vistas “brilhando”.

Senhores Dirigentes, por favor, ousem nos terceiros uniformes. Fujam do tradicional e deixem de lado essa visão retrógrada. Mantenham as cores oficiais de seus Clubes no primeiro e no segundo kit. E inventem no terceiro. O torcedor aprova. E consome.


Fotos: Divulgação

terça-feira, 1 de abril de 2008

Enaltecendo quem fez História

Na semana passada, foi a vez do Marketing do Cruzeiro fazer sua Baita Jogada. Foi lançado um projeto que tem como objetivo prestar homenagem a jogadores que marcaram época no Clube mineiro, trazendo-os novamente às atenções no Mineirão e promover a gloriosa tradição cruzeirense.

A ação, promovida pelo Departamento de Marketing e Relações Públicas e denominada “Ídolos Eternos”, beneficiará ex-atletas cruzeirenses que atuaram, pelo menos, dez vezes na equipe, proporcionando acesso gratuito aos jogos ocorridos no Estádio; inclusive com o direito de eles levarem um acompanhante, nas cadeiras especiais.

O evento de estréia, domingo, antes da vitória celeste sobre o Ipatinga, contou com a presença de personagens ilustres, como Dirceu Lopes, Joãozinho, Nelinho, Palhinha, Piazza, Raul Plasman e Tostão, entre muitos outros. Nada mal.

Excelente a atitude do Cruzeiro! Que bom seria se todos continuassem valorizando seus antigos ídolos. Os torcedores, principalmente os mais novos, devem continuar idolatrando aqueles que foram craques de seu time, como era feito quando eles eram jogadores. Devem saber que aquele senhor que está ao seu lado, quase despercebido, é um nome para sempre marcado na história do Clube.

É graças a esses ídolos que as grandes equipes são conhecidas mundo afora. É a eles que os Clubes e torcedores têm uma dívida de gratidão. O Cruzeiro é um que está pagando.


Imagem: cruzeiro.com.br

domingo, 30 de março de 2008

Rompendo com conservadorismos

Como quase todos assuntos referentes ao Marketing Esportivo, o uso do terceiro uniforme é extremamente polêmico. Normalmente, os Clubes têm duas ou três cores em suas convenções. A terceira camisa (em alguns casos, até a segunda) vem para inovar, numa jogada de Marketing.

Neste domingo, estava certo que o Corinthians estrearia seu novo uniforme roxo, uma alusão a quem se diz “torcedor (no caso, Corinthiano) roxo”. Quase certo. Os jogadores até entraram com as novas camisas; entretanto, talvez até devido às manifestações contrárias feitas por parte da torcida, como pichações nos muros do Parque São Jorge, enfrentaram o Marília com seu tradicional kit: camisas e meias brancas e calções pretos. A alegação de Luiz Paulo Rosenberg, Vice-Presidente de Marketing do Timão, foi que o uniforme poderia ficar marcado como azarado, já que o jogo era decisivo.

As boas vendas que a camisa teve durante a semana confirmaram-se no Morumbi, onde foi realizado o jogo. A imprensa mostrou muitas imagens dos torcedores vestindo roxo.

O Palmeiras também apresentou mudança neste quesito. No ano passado, lançou uma camisa diferente do verde tradicional. Joga com uma espécie de verde-limão, que é enorme sucesso de vendas. Nos jogos do Verdão, é comum ver milhares de “pontos luminosos” em meio à torcida.

Para evitar conflitos com sua torcida, os times poderiam consultar seus adeptos antes de realizar uma ação dessas, promovendo enquetes e concursos para saber o que a claque pensa e quer.

O conservadorismo não tem vez no mundo do Marketing. Os Departamentos deste setor dos Clubes devem estar sempre atentos às inovações e no que ações positivas podem gerar financeiramente aos cofres. É tempo para se diferenciar no Mercado, de buscar cada vez mais novos produtos que possam virar fontes de renda.

Na Europa, o Barcelona já vestiu azul-celeste, laranja e verde-limão, lançando a “mania”. O Chelsea também usou o mesmo verde. A Juventus, rosa e vermelho. Só para citar alguns exemplos de rompimento que tiveram bom índice de aceitação e vendas.

Portanto, Corinthians, não tenha medo de usar o roxo, nem deixe os torcedores que compraram a camiseta desconfortáveis. Parabéns a quem rompe com o tradicionalismo! Que fique de incentivo aos profissionais do Marketing Esportivo. Os progressistas saem na frente.


Imagem Corinthians: Reprodução Sportv

Foto Palmeiras: Folha

sexta-feira, 28 de março de 2008

Naming Rights: Vale a tradição ou o dinheiro?

Em primeiro lugar, é necessário explicar o significado do termo, que ainda não é totalmente dominado pelas pessoas. Naming Rights, ou Direitos de Nome, é um acordo para aluguel do nome de uma casa de espetáculos, competição, ou complexo de esportes, para uma empresa dar o seu ao lugar por um determinado tempo, através de contrato.

Nos Estados Unidos e na Europa, o acordo é comum. Aliás, foi nos EUA onde pesquisadores acreditam que ele teve início. O Buffalo Bill concedeu o nome de seu novo estádio para a Rich Products Corporations, em 1973, por um milhão de dólares e um contrato de 25 anos de duração.

Alguns exemplos são o American Airlines, em Miami, a Allianz Arena, em Munique, o Emirates Stadium, em Londres, e a Kyocera Arena, em Curitiba. Em campeonatos, há a Copa Santander Libertadores.

O Arsenal, dono do Emirates Stadium, pelo contrato, receberá 150 milhões de euros durante 15 anos. Ficou acertado também que a companhia aérea de Dubai estamparia sua marca na camisa do Clube por oito anos.

Há pouco, a Juventus, de Turim, assinou com a italiana Sportfive. Assim, a nova Arena da equipe receberá o nome da empresa por 15 anos a partir de sua criação. A cada ano, a “Velha Senhora” arrecadará 6,25 milhões de euros pelo empréstimo dos direitos.

Brooks (1997) afirma que “Entre as motivações para uma organização investir em patrocínio esportivo, está a criação de uma identidade entre as marcas do patrocinado e do patrocinador, o que pode possibilitar o aumento nas vendas, na lealdade e no reconhecimento da marca do patrocinador junto ao público ligado ao esporte.”

Contudo, trocar o nome de um Estádio já existente entra em conflito com tradicionalismos. O Clube, o torcedor e a imprensa já estão identificados com o nome de sua casa. É, então, necessário fazer uma pesquisa para mensurar a viabilidade do projeto.

Além disso, há problemas com os meios de comunicação. Alguns não chamam a Equipe de Fórmula-1 Red Bull Racing pelo seu nome. Utilizam a sigla RBR. A mesma dificuldade é vivida na Kyocera Arena, chamada, às vezes, de Arena da Baixada, seu antigo nome. É preciso exigências nos contratos com os veículos para que estes usem seu nome oficial.

Também há entraves quanto à infra-estrutura. Empresas não investirão em locais que não apresentem condições de limpeza, segurança e conforto.

Apesar das dificuldades mencionadas, o Naming Rights é uma excelente estratégia de Marketing, que rende muito dinheiro. Há de prevalecer sobre o conservadorismo da mente das pessoas. No futebol de hoje, os Clubes não podem depender somente das vendas de jogadores e das receitas da televisão. É fundamental encontrar novas formas de receita.

Pela evolução dos Clubes Brasileiros!


Foto: arsenal.com

quinta-feira, 27 de março de 2008

Atlético Paranaense promove “Caça ao Tesouro”

Mais um Atlético esteve de aniversário nesta semana. Depois do Centenário do Atlético Mineiro, terça-feira, ontem foi a vez de o Atlético Paranaense apagar suas velinhas.

Em seu octogésimo quarto ano de vida, o Furacão lançou um grande evento para estreitar relações do Clube com seu associado, na Kyocera Arena. A festa começou às 14 horas e seguiu até as 16 e contou com a participação de 500 atleticanos. Os torcedores deveriam procurar envelopes - que, num total de 84, dariam direito a brindes - nos corredores e cadeiras do Estádio.

Dentre os prêmios, estavam cachecóis, camisas oficiais, chuteiras, livros, pen drives, MP4 e até uma poltrona reclinável.

Uma baita jogada do Atlético, que deverá ter repetição em 2009. E serve de motivação para que os torcedores brasileiros se associem a seus Clubes de coração. O Sócio sempre terá preferência, em relação aos outros torcedores e alguns “mimos” a mais. O Furacão conta, hoje, com 5 mil associados, além de 8 mil donos de cadeiras.

Por iniciativas como essas, um excelente estádio (com faturamento por naming rights), uma torcida fanática, e uma organização diferencial, é que o Atlético é um dos grandes Clubes deste Brasil.

Foto: caparanaense.com

terça-feira, 25 de março de 2008

1000 sócios para cada ano de vida

Essa é a meta do Internacional para o ano de seu Centenário, em 2009. 100.000 sócios em dia com o Clube. Ousada. Seria um dos times com maior número de sócios no mundo inteiro.

Ontem, durante o evento de lançamento da campanha, o presidente Colorado, Vitorio Piffero, afirmou querer que a Carteira de Sócio seja a Carteira de Identidade do torcedor.

O apelo emocional que a Direção quer passar é de que o torcedor faz parte dessa história centenária, repleta de lutas e conquistas; que a meta deve ser atingida pelo torcedor.

A campanha publicitária será dirigida pela e21 e terá como slogan “100 anos. 100 mil sócios". Incluirá ainda anúncios em jornal e outdoors, comerciais para a televisão, spots para rádio, além de ações específicas aos antigos sócios Colorados.

O Vice–Presidente de Marketing, Jorge Avancini, anunciou ainda a promoção de blitze, com promotores agindo diretamente com os torcedores, em escolas, faculdades e em pontos onde haja movimentação noturna.

Há ainda a criação do Projeto Rio Grande Vermelho, dirigido aos Consulados Colorados do Rio Grande do Sul, que promoverá uma ‘competição’ entre os mesmos, com direito a premiações aos mais produtivos. O objetivo do Projeto é que cada cidade tenha, pelo menos, 1% de sua população associado ao Clube.

Atualmente, O Inter conta com duas modalidades de associação. A primeira, mais antiga e que já não permite mais novos torcedores, com uma mensalidade de 45 reais, dando direito a ingresso livre aos jogos. A segunda, denominada Sócio Campeão do Mundo, dá desconto no valor de 50% das entradas, e cobra 20 reais. Os novos associados entrarão nessa categoria.

O Inter, que registra hoje a marca de mais de 50 mil sócios em dia, planeja o cumprimento da meta até 4 de abril de 2009. Se alcançá-la, será o sexto Clube do mundo com maior número de sócios. Os cinco primeiros são, hoje, Benfica, Barcelona, Manchester United, Bayern, de Munique, e Porto, na ordem.

Em clima de festa, Piffero anunciou mais uma bela promoção. O Colorado, que chegou a liberar o ingresso de mulheres no Beira-Rio em um jogo e, em outro, facilitar a entrada das mesmas, mediante doação de dois quilos de alimento ou um brinquedo, abrirá suas portas aos Sócios da modalidade ‘Campeão do Mundo’. Estes não precisarão comprar ingresso para a partida contra o Internacional, de Santa Maria, amanhã.


O Inter querendo ser ainda mais Gigante.


Imagem: internacional.com.br

segunda-feira, 24 de março de 2008

Recompensa à devoção

O Glasgow Rangers, da Escócia, realizou um grande investimento para seus torcedores. Todos os 2500 ingressos destinados à torcida do Clube escocês, para o jogo contra o Sporting, foram comprados pela sua Direção e serão distribuídos àqueles que têm gastado suas economias para acompanhar o time aonde ele for.

A iniciativa foi justificada como agradecimento ao apoio que os torcedores vêm dando ao Rangers nesta temporada. O jogo é válido pelas quartas-de-final da Copa da UEFA e será disputado no Estádio Alvalade, em Lisboa, dia 10 de abril.

Foram investidos aproximadamente 65 mil euros nessa jogada. E certamente terão resultado positivo caso o Clube se classifique na Copa. Os escolhidos serão aqueles que mais acompanharam o time durante a temporada.

Certamente, uma jogada para ser copiada pelos Clubes brasileiros. Muitos torcedores estão sempre com seu time e gostariam de ter seu esforço recompensado.



Foto: Divulgação

Apoio ao Amor

Ele é mais um dos garotos formados pela fábrica de craques chamada Argentina. Sergio “Kun” Agüero, a mais recente promessa porteña. Revelado pelo Independiente, Kun saiu muito cedo da América rumo à Europa: aos 17 anos. Hoje, aos 19, é o camisa #10 e craque do Atlético de Madrid.

Ela é Giannina. Giannina Maradona. A mais nova das duas filhas de Dieguito, um dos maiores jogadores que o futebol já teve, com Claudia Villafañe, sua ex-esposa.

O namoro de ambos foi oficializado em fevereiro, com a aprovação de Maradona. Agüero já havia declarado seu amor, mas sábado foi ainda mais explícito.

Na partida vencida por 2 a 1 pelo Atlético, contra o Sevilla – com o gol da vitória sendo marcado pelo próprio – o jovem jogador entrou em campo usando chuteiras com os nomes “Giani” e “Kun”. O jogo era válido pelo Campeonato Espanhol.

A Nike, patrocinadora do argentino, certamente ficou muito contente com a demonstração de amor. Cinegrafistas e fotógrafos registraram a homenagem. O resultado é a aparição do Swoosh na imprensa mundial “sem querer”. A Nike “patrocinando” o amor. Que lindo!

Por outro lado, Giani não deve ter gostado quando seu namorado recebeu uma cabeçada (ao estilo Zidane em Materazzi) do italiano Enzo Maresca.


Foto: Divulgação

Uma Baita Jogada de Solidariedade

Os torcedores estão de parabéns!

No início de 2008, a torcedora gremista Siane Tschiedel Rodrigues dos Santos, de Gravataí, descobriu que estava sofrendo uma rara doença, aplasia medular.

Siane precisa de doadores de medula e de sangue, preferencialmente ‘O’ negativo. Quem quiser ajudá-la (gremistas, colorados, juventudistas, caxienses, xavantes; enfim, todos) deve comparecer ao Banco de Sangue da Santa Casa, localizada na Avenida Independência, 75, em Porto Alegre, de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h30, e aos sábados, das 7h30 às 13h. A guria necessita de sangue de 12 em 12 horas.

O Grêmio divulgou a informação em seu site na última terça-feira, afirmando que o torcedor Tricolor que doasse sangue e apresentasse o comprovante de doação teria direito a um ingresso para o jogo contra o Sapucaiense, sexta-feira. Além disso, os doadores concorreram a uma Camisa Oficial do Clube.

Em atitude nobre, as comunidades de Grêmio e Internacional do site de relacionamentos Orkut ajudaram na divulgação da campanha, criando tópicos para mobilização de doadores.

Que Siane se recupere logo e retorne, esbanjando saúde, às arquibancadas do Olímpico! Ponto para o Grêmio! Ponto para Colorados e Gremistas!


Foto: gremio.net

sábado, 22 de março de 2008

Os novos motores do futebol

Não estou falando em Kaká, Pirlo, Tinga, Lucho González, Ibson ou Lulinha, jogadores que correm todo o jogo, armando as jogadas de seus times. Mas sim da Superleague Formula, lançada em 2007, com início previsto para agosto deste ano.

Os quatro primeiros Clubes confirmados foram o Milan, da Itália, o Porto, de Portugal, o PSV, da Holanda, e o Olympiakos, da Grécia. Além desses, outros que já acertaram sua participação são: Anderlecht, Borussia Dortmund, Glasgow Rangers, Basel, Galatasaray, Sevilla, Corinthians e Flamengo.

A idéia do Campeonato é oferecer um espetáculo, diante da união dos dois esportes com mais torcidas pelo Mundo: o Automobilismo e o Futebol, oferecendo ação e emoção, aumentada ainda mais com a igualdade mecânica dos carros. Esses terão as cores de seus respectivos Clubes.

Haverá 20 equipes do mundo inteiro. A princípio, apenas um Clube de cada país. O Brasil é, por enquanto, o único a ter dois carros na competição.

Os Clubes não desembolsarão nada na Superleague. Cederão suas marcas e receberão cotas por patrocínio e direitos de televisão e de imagem. O vencedor de cada etapa receberá um milhão de euros. Mas o maior ponto positivo da disputa é maior visibilidade que os times terão no Exterior.

A primeira temporada percorrerá seis circuitos, na Europa: Reino Unido, Alemanha, Bélgica, Itália, Portugal, e Espanha.

Foto: superleague.com

sexta-feira, 21 de março de 2008

Quem dá mais?


As disputas dentro do futebol não se resumem somente às quatro linhas. Fora delas, as duas maiores marcas do segmento esportivo travam inúmeras batalhas em busca de um espaço para porem seu logotipo. A alemã, Adidas, e a norte-americana, Nike.

Em fevereiro, a Nike anunciou ser a nova fornecedora de material esportivo da Seleção Francesa, posto ocupado pela Adidas, por mais de trinta e cinco anos. O contrato terá início em 2011 e vigorará até 2018. Com o acerto, a americana desembolsará 42,6 milhões de euros anuais (!!), além de premiações por resultados. Em reais, cerca de 114 milhões. O antigo contrato rendia 10 milhões de euros à Federação Francesa de Futebol.

O estranho é que a mesma empresa paga à Confederação Brasileira de Futebol US$ 22 milhões, reajustados há pouco. Com a mudança, ficou combinado que haveria um novo acordo, caso houvesse um aumento de patrocínio para outra Federação. Segundo o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, a proximidade da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, poderá servir de argumento para o aumento. Basta? Não. Faltam os principais prós que o Brasil possui: Temos os melhores jogadores do mundo e somos detentores de cinco Copas do Mundo, contra apenas uma da França.

E tem mais disputa por aí. No início da semana, o Flamengo anunciou que pode trocar o swoosh pelas três listras. Além de uma proposta muito superior aos R$ 4,5 milhões que recebe anualmente, o Rubro-Negro alega prejuízos devido à falta de camisas oficiais em lojas do resto do Brasil. O contrato com a americana só termina na metade do ano que vem, mas o Mengão pede a rescisão de contrato.

Contudo, nem sempre a melhor proposta vence. Em 2007, a Nike ofereceu 50 milhões de euros por temporada à Federação Alemanha de Futebol, muito acima dos 11 que a Adidas pagava. A marca alemã, então, dobrou sua proposta e, mesmo com valores inferiores, renovou com a Seleção de seu país. Vitória do patriotismo!

quinta-feira, 20 de março de 2008

É isso aí, Velhinho!

O Marketing vive de oportunidades. Há de se aproveitar o momento certo para lançar uma nova ação e até para desviar uma atenção. Há anos, o futebol era assim: depois de uma derrota em clássico, era hora de anunciar uma nova contratação.

Talvez nem seja esse o caso, pois o evento provavelmente já estava marcado, mas o São Paulo conseguiu afastar o foco da derrota por 4 a 1 no clássico de domingo, contra o Palmeiras, promovendo o lançamento dos produtos oficiais do Clube, em parceria com a Warner Bros, a qual foi anunciada em abril de 2007.

Gigante no setor de entretenimento, a Warner é criadora de personagens de enorme sucesso, como os Looney Tunes, Batman, Superman, entre outros.

O Presidente do Tricolor Paulista, Juvenal Juvêncio, e o Diretor de Marketing, Júlio Casares, eram só sorrisos no evento que apresentou produtos como bichos de pelúcia e roupas de cama e que contou com a presença do Pernalonga e do Taz. Ambos estão em versão de pelúcia para venda e já vêm vestindo a camisa oficial do São Paulo.

Para o público feminino e infantil, segmentos que o Tricolor quer conquistar, o grande trunfo será o passarinho Piu-Piu, “Eu acho que vi um gatinho”, outro gigante de vendas.

Os produtos serão destinados a todos tipos de públicos, de todas as faixas etárias e classes sociais. Haverá produtos com preços populares e mais elevados.

A parceria terá 42 meses de duração, mas a intenção é de que permaneça por 10 anos. O Clube receberá aproximadamente três milhões de reais por luvas, mais 50% do que será arrecadado na venda dos produtos.

Mas, talvez, o principal objetivo seja o aumento da projeção mundial do São Paulo, principalmente no Japão, onde também serão vendidos produtos oficiais da parceria. Devido às três participações do Clube no Mundial de Clubes, o Tricolor tem grande número de simpatizantes orientais.

Além disso, Juvenal Juvêncio visa arrecadações semelhantes às dos Clubes europeus, com os produtos. Assim, o Presidente já anunciou que desembarcará em São Paulo, na metade do ano, um jogador em nível de Seleção vindo da Europa. É esperar para ver.

Cabe aos outros Clubes brasileiros buscarem maior projeção internacional e apresentarem constante crescimento de torcida para conquistarem esse tipo de parceria, que, como vimos, dará grandes frutos no São Paulo, uma excelência em Marketing.

Foto: globoesporte.com

quarta-feira, 19 de março de 2008

Francescoli e Zizou apresentam nova camisa do River Plate

Imagine poder contar com dois dos maiores jogadores da história do futebol mundial. Imaginou? Pois é. Torcedores do River Plate tiveram esse orgulho na noite de ontem.

Os Millonarios, apelido pelo qual também é conhecido o clube argentino, apresentaram seu uniforme para a temporada 08/09. O evento, para 300 convidados, contou com a participação de dois astros: o uruguaio Enzo Francescoli, um dos ídolos do River, e o francês Zinedine Zidane, convidado pela Adidas – patrocinadora do jogador e do Clube – e que esteve recentemente no Brasil.
Zizou, embaixador da marca alemã, é um confesso admirador do ex-atacante uruguaio, que jogou no Olympique de Marseille, clube onde o francês iniciou sua carreira. Zidane comprou quatro camisas do time argentino para presentear seus filhos. Um deles chama-se Enzo, uma homenagem ao seu ídolo.

A maior mudança na camiseta foi na tradicional faixa vermelha, que ficou mais larga. A gola será totalmente branca. Na parte superior das costas, agora, haverá a inscrição “El más grande”.

O francês foi convidado a assistir aos 13 minutos finais da partida interrompida entre River e San Martín, hoje. A partida terminou em 3 a 2 para o time do bairro de Nuñez.

O torcedor brasileiro poderia imaginar um evento desses contando com (guardadas as devidas proporções para cada caso):
- Reinaldo e o holandês Clarence Seedorf, no Atlético Mineiro, pela Lotto;
- Sicupira e os ingleses Michael Owen e John Terry, no Atlético Paranaense, pela Umbro;
- Bobô e novamente Seedorf, no Bahia, também pela Lotto;
- Rivelino e o holandês Ruud van Nistelrooy, no Corinthians, pela Nike;
- Tostão e o goleiro italiano Gianluigi Buffon, no Cruzeiro, pela Puma;
- Zico e Ronaldinho, no Flamengo, pela Nike;
- Didi e o próprio Zidane, ou Beckham, no Fluminense, pela Adidas.
- Renato Portaluppi e o camaronês Samuel Eto’o, no Grêmio, pela Puma;
- Falcão e Thierry Henry, no Internacional, pela Reebok;
- Ademir da Guia e novamente Zizou ou Beckham, no Palmeiras, pela Adidas;
- Pelé e também os ingleses Owen e Terry, no Santos, pela Umbro;
- Leônidas (se estivesse vivo), ou Rogério Ceni, e novamente Henry, no São Paulo, pela Reebok;
- Roberto Dinamite e o mesmo atacante francês (que costuma cantar o hino cruz-maltino), no Vasco da Gama, também pela Reebok

Como a Kappa, não patrocina grandes jogadores, a torcida do Botafogo poderia imaginar um evento desses com a apresentação de grandes ídolos, como Jairzinho e Nilton Santos.

Foto: Agência EFE

Bem-vindos!

Boa tarde a todos. Meu nome é Felipe Hammes Rodrigues, sou estudante do terceiro semestre de Relações Públicas, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Tenho 20 anos, completados em 22 de janeiro.

Há tempos que venho pensando na criação de um Blog. É a forma que eu tenho para desenvolver e praticar um grande amor que eu tenho pela escrita e pela nossa Língua Portuguesa. Mas me faltava um tema. Faltava.

Um assunto pelo qual me interesso demais – talvez seja mais de uma das minhas paixões – e procuro sempre me informar sobre as novidades. O Marketing Esportivo.

Esse amor começou há dois anos. Antes de cursar Relações Públicas, fiz duas semanas de Educação Física. Fiquei cinco ou seis dias. E, antes de Educação Física, foram três meses de Publicidade e Propaganda na Escola Superior de Propaganda e Marketing.

Em 2006, no período em que estava cursando Publicidade, a ESPM ofereceu uma palestra sobre Marketing Esportivo. O tema era o Pan-Americano que seria realizado no ano seguinte. E gostei demais.

Mas, alguns meses depois, decidi cancelar minha matrícula na Faculdade e desistir do Curso. E não apenas isso. Deixei de lado uma estrutura extraordinária que a Escola oferecia (embora, não tenha nenhuma queixa da Faculdade dos Meios de Comunicação Social, onde estou hoje), uma turma incrível (a 1A; hoje, 5A) e amigos maravilhosos.

Nunca me esquecerei das diversas vezes que o “Tio”, Cristian Frantz, veio falar comigo: “Não desiste agora. Espera, ao menos, terminar o semestre para poder trancar. Palavra de ‘tio’ (um duplo sentido, aí)”.

É, Tio, não consegui te escutar e me arrependi demais por um longo tempo. Mas deixo o recado para todo mundo que vacila na escolha do Curso. Esperem terminar o semestre. Vocês não sabem (necessariamente) o que acontecerá no futuro. Como dizem, “O mundo dá voltas”, às vezes, dá tantas, que volta ao mesmo lugar. Esperem e se mantenham tranqüilos. Não ajam no impulso.

Eu estava decidido a trabalhar com esportes – mais uma paixão. Queria cursar Educação Física para ser Treinador de Futebol, Preparador Físico ou Personal Trainer. Por isso, não terminei o semestre de Publicidade. Iria para o campo da Saúde, que nada tem a ver com Comunicação. Não poderia aproveitar nenhuma cadeira. Não poderia...

Não consegui ficar duas semanas em tal Curso. Logo na primeira aula, o professor – não comentarei quem, nem o que disse por questões éticas – me deixou desconfiado sobre a carreira. Nas apresentações dos meus colegas, todos se diziam “hiperativos”, “que não conseguiam ficar parados”. Ora! Eu não sou nada hiperativo. Sou uma pessoa reservada, tranqüila. Mas (muito) determinada. Alguns dias depois, tive contato com cadáveres. Não era aquilo que eu queria para o meu futuro.

Desisti novamente. Dessa vez, sem arrependimentos. No primeiro semestre de 2007, voltei para a área da Comunicação. Relações Públicas é um curso que está muito ligado ao Marketing. O Marketing objetiva a satisfação das necessidades dos clientes por meio de produtos e serviços. E a atividade de RRPP trabalha na elaboração de idéias que possam estabelecer ou reconstruir conceitos positivos da organização. Por isso, estou me sentindo muito bem agora. No segundo semestre, houve uma nova palestra sobre Marketing Esportivo, agora na PUCRS, com a presença de dois fortes nomes da área: Wesley Cardia e Márcio Callage, da Olympikus. Mais uma excelente oportunidade que tive para confirmar minha escolha.

Ou seja, essa será a minha área. É dessa área que eu gosto e é dela que eu falarei.

Está no ar o Blog “UMA BAITA JOGADA”. Espero que todos saiam informados, sintam-se muito bem e voltem diariamente para conferir. Tentarei atualizá-lo freqüentemente.

Muito obrigado a todos.


Felipe Hammes Rodrigues