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Uma Baita Jogada: abril 2008

quarta-feira, 30 de abril de 2008

A roupa nova

Acredito que já tenha falado praticamente todos detalhes a respeito da festa de lançamento da nova camiseta do Grêmio no último texto. Por isso, não precisarei me prolongar muito. Tratarei das novidades nas camisas.

As camisas foram apresentadas por, além das já citadas Deborah Secco e Natália Anderle, Raphaela Sirena e Sofia Powacrzuck, e os jogadores André Luís, Felipe Mattioni, Leo, Marcelo Grohe, Perea, Réver, Victor e Willian Magrão,

A tradicional tricolor, em relação a 2007, ganhou mais listras, as quais têm, agora, as mesmas dimensões. Entretanto, a parte de trás deixou muito a desejar. Primeiro porque as listras não chegam até o final da camisa; terminam antes, deixando um grande buraco azul. Outro ponto negativo, em minha opinião, é a fonte do número. Ele tem a aparência quadriculada, como se estivesse pixelizado. Torcedores gremistas já se manifestaram contra esses aspectos.

Já o uniforme branco ficou muito bonito. A camisa tem gola alta e com corte em "V" e duas listras verticais. Uma azul e outra preta. O uniforme Shadow, igualmente belo, que não pode ser vestido em jogos oficiais, tem o mesmo design. A camisa celeste, terceira opção, não recebeu grandes detalhes.

O evento foi assistido por aproximadamente 500 gremistas


Foto: globoesporte.com

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Todos de olho

Um evento repleto de atrações é destaque no Estádio Olímpico, às 19 horas desta terça-feira. O lançamento do uniforme gremista da temporada 2008, em espaço ao lado da GrêmioMania, seria normal. Seria, caso não houvesse novidades. Mas há. E muito interessantes.

A primeira delas não é, simplesmente, o lançamento da nova camisa Tricolor. Mais do que isso. A camisa já está sendo vendida pela GrêmioMania e no Site Oficial ao preço de R$ 159,00. Os 100 primeiros gremistas que comprarem a peça receberão gratuitamente um convite para a festa. Mas a estratégia do Marketing Gremista foi de não divulgar nada sobre como será o modelo do uniforme. Ou seja, os torcedores estão comprando às cegas. Genial. Toda a atenção está sendo captada a esse uniforme, que, certamente, será aprovado pela torcida. O Vice-Presidente César Pacheco adianta: “Será uma das camisas mais vendidas no mundo”.

Outra certeza é que será um belíssimo evento. Literalmente. Duas lindas celebridades estão confirmadas na passarela: a nova torcedora gremista, Deborah Secco, atriz global e namorada do jogador Roger, e a Miss Brasil 2008, Natália Anderle. As duas devem fazer com que muitos fãs se dirijam ao Olímpico.

Essa é a outra novidade. A presença dos torcedores. Os gremistas que quiserem acompanhar a apresentação, que será ao ar livre, podem adquirir ingresso mediante doação de um quilo de alimento não perecível – exceto sal. O que for arrecadado será entregue ao Programa Mesa Brasil, do Sesc.

É uma atração melhor que a outra, proporcionadas pela Diretoria do Grêmio. Um evento desses com a participação do torcedor, com a presença de duas belas modelos, de cunho social. E, o principal: a apresentação do novo fardamento Tricolor, que ainda não é conhecido e que está gerando grande expectativa junto à torcida.

O uniforme, produzido pela quarta temporada pela Puma, estreará oficialmente contra o São Paulo, na primeira rodada do Campeonato Brasileiro.



Imagem: gremio.net

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Rasgando o protocolo

Eu sei. Vocês sabem. O Blog é, sim, sobre Marketing Esportivo. Mas eu não conseguiria me manter omisso ao fato único que acabo de presenciar. Este relato é baseado na emoção. Inter cinco, Paraná um. Sequer vi a partida direito. No setor da Guarda Popular, de onde costumo torcer, a visão não é das melhores. Só sabia que um dos gols havia sido feito por Magrão e outro pelo Fernandão, de pênalti. Sei também que Abelão foi um maestro. Mexeu no time com ousadia e obteve o resultado.

Um jogo incrível. Para entrar na história. No jogo de ida, em Curitiba, a equipe paranaense nos aplicou um placar de dois a zero. Um resultado horrível. Um dos piores possíveis. Mas não era hora de desacreditar. A torcida nunca abandonaria o time numa hora dessas. Afinal, como cantam os Colorados “Somos todos teus seguidores, para sempre vou te amar.”

E, o que já era complicadíssimo, ficou ainda pior. Logo no início do jogo, o Inter perdeu um jogador. Jonas, me parece. E o Paraná abriu o placar. Não quero ler outros textos para saber quem fez o gol. Quero apenas me situar na emoção que passei e passo. Um gol fora na Copa do Brasil é praticamente mortal. O agregado era de três a zero para o time paranaense. Mais o gol fora. Ou seja, um empate no número de gols dava a vantagem a eles.

Mas o Inter foi heróico. Supersticioso, vestiu o uniforme totalmente branco. Foi com ele que bateu os poderosos Barcelona e Internazionale, de Milão. Com o apoio de sua torcida apaixonada, ao som de “Vamo, vamo, Inter”, cresceu e, logo em seguida, empatou o jogo. Empatou mais ou menos. Ainda faltavam três gols para a classificação.

E o Inter conseguiu. Fechou o primeiro tempo com o placar de três a um. Só bastava mais um gol. Mas o Inter fez mais. Magrão fez o quarto. Um lindo gol. Pelo meu ângulo de visão, pareceu ter sido um gol de voleio. O Inter segurava o jogo, dava balões e investia nos contra-ataques do brilhante Nilmar. Em mais uma jogada, o craque sofreu pênalti. Fernandão converteu. Era o que faltava para a festa dos Colorados. Um dia onde tudo parecia que daria errado. Mas a torcida teve fé. E o Inter foi Gigante.

Um show do time, um show do Abel, um show da torcida. Um show particular de Magrão, Andrezinho, Fernandão e Nilmar. Muito difícil escolher apenas um, como melhor em campo. Uma noite perfeita e eterna. O Inter entra definitivamente como candidato ao título da Copa do Brasil.


Para não dizerem que não falei nada sobre Marketing, o jogo contou com painéis de led, controlados pela Traffic, que detém os direitos de patrocínio e promoção da Copa do Brasil. Sem dúvida, ótimo aos anunciantes, que têm suas marcas expostas em uma novidade que chama a atenção dos torcedores e das pessoas que acompanham o jogo pela televisão. Cada marca ocupa todas as placas por vez. Os anúncios são em cores vibrantes e animados, o que destaca ainda mais os patrocinadores.

Bom, precisava do desabafo. O próximo texto certamente será sobre o mundo dos negócios no esporte. Até breve. Se meu coração conseguir relaxar.


Fotos: Jefferson Botega e Valdir Friolin/zerohora.com

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Prazer. Red Bull Brasil.

Novamente a multinacional austríaca Red Bull investe no esporte. Desta vez, no mercado brasileiro. Depois de Red Bull New York, time de ‘soccer’ dos Estados Unidos, Red Bull Salzburg, austríaco que atua tanto no futebol quanto no hóquei no gelo, Red Bull Racing e Scuderia Toro Rosso, equipes de Fórmula-1, e promoção de eventos esportivos como o Red Bull Air Racing e o Red Bull X-Fighters, a empresa cria o “Red Bull Brasil”.

O novo Clube, fundado em 19 de novembro de 2007, disputa a Segunda Divisão do Campeonato Paulista – que promove quatro equipes para a Série A3. Sua sede oficial é em São Paulo, mas, ao menos provisoriamente, mandará suas partidas no Moisés Lucarelli, Campinas, e treinará em Vinhedo. A empresa planeja a compra de um território em Campinas, para construção de um centro de treinamento para as categorias de base.

Para o comando do time, foi contratado o ex-craque Paulo Sérgio. O ex-jogador, tetracampeão mundial pela Seleção Brasileira, além de passagens por grandes Clubes, como Bayer Leverkusen, Bayern, de Munique, Corinthians e Roma, considera o projeto audacioso. “Nosso objetivo é obter o acesso para a Série A3 nesse ano” adianta. O jogador mais conhecido do Red Bull Brasil é o experiente Fubá, 32 anos, que chega com status de “astro”. Os maiores times que o volante já defendeu foram Corinthians, Fluminense e Schalke 04, da Alemanha.

Em campo, o estreante mostrou seu cartão de visitas. No último domingo, venceu o Sumaré, fora de casa, por dois a zero, gols de Fernandão e Thiago. Sua próxima partida é contra o Elosport, em Campinas, às 10 horas. O confronto deve anteceder o primeiro jogo da final do Paulistão entre Ponte Preta e Palmeiras, às 16, o que deve aumentar os holofotes sobre o novato.

Certamente, o Clube enfrentará a polêmica quanto ao seu nome. Daqui a uns anos, quando for jogar uma grande competição, órgãos filiados à Rede Globo tratarão o time como? RBB? Tarefa para os homens do Marketing resolverem. Já expressei minha opinião. Todos reclamam da falta de incentivo ao esporte. É obrigação que todos, públicos e veículos de comunicação, valorizem os investidores, falando os reais nomes das entidades.

A título de curiosidade, para o Red Bull New York, está prevista a construção do Red Bull Park.

No início de 2006, estava praticamente acertada a parceria da empresa com o Juventude, de Caxias do Sul. Entretanto não houve concretização do negócio. Especula-se que os Dirigentes alvi-verdes não concordaram com as condições do contrato, que previa a mudança dos cores, do nome da instituição, e até da administração do futebol. Ou seja, um Clube praticamente novo. Agora a empresa cria um Clube do zero, em busca de novos torcedores.

Sensacional a Red Bull em investir pesado no esporte e se firmar, cada vez mais, como grande potência e case de sucesso no Marketing Esportivo. É o tipo de investimento com retorno garantido.



Foto: Divulgação

domingo, 20 de abril de 2008

Negócios antecederam classificação da Ponte

A semana da Ponte Preta foi agitada. Depois de bater o Guaratinguetá por um a zero, em Campinas, no primeiro jogo da semifinal, a Macaca viu com bons olhos a possibilidade de se classificar à final do Campeonato Paulista de 2008. Desta forma, movimentou-se para aproveitar a boa fase aliada à paixão da torcida. Hoje, com mais uma vitória, confirmou sua vaga na decisão.

Antecipando um projeto que seria implementado para o Brasileiro da Série B, o Departamento de Marketing campinense pôs no ar o site da loja oficial do Clube, junto com a empresa “Mania de Futebol”. O motivo foi tirar proveito da situação única em que está passando, lucrando com a euforia dos torcedores. Com a loja virtual, a Ponte estreitará suas relações com seus adeptos de fora do Estado e até do Exterior, como afirma o Diretor de Marketing, Uéselis Amaral.

O Clube conseguiu, ainda, firmar parceria com a Associação Comercial e Industrial de Campinas para, através da campanha “Rumo ao Título”, buscar empresários que pudessem patrocinar, ao menos, 30 ônibus para levar os pontepretanos ao Estádio Professor Dario Rodrigues Leite. A própria Acic foi a primeira a disponibilizar um ônibus. Os torcedores tiveram de pagar a importância de apenas cinco reais.

E não parou por aí. Foram disponibilizados 3.000 ingressos à torcida visitante, ao preço de 40 reais, o mínimo determinado pela Federação Paulista de Futebol para as semifinais da competição. Um empresário local, não identificado, adquiriu 2.000, pagos do próprio bolso, e os vendeu pela metade do preço aos seguidores. Ação, esta, que lembrou a realizada pela Direção do Glasgow Rangers, da Escócia, que cedeu entradas para seus torcedores, como foi dito aqui no Blog, há pouco tempo.

O goleiro da Ponte, Aranha, herói da classificação com belas defesas, inclusive uma de pênalti, já tinha dito que “A torcida da Ponte fez a diferença até agora e continuará sendo importante para o nosso time. A presença dos torcedores é uma motivação a mais, sem dúvida”.

Segundo o site Futebol Interior, as empresas que aceitaram se identificar, dentre as que patrocinaram a campanha “Rumo ao Título”, são: Acic, Artesiana, Drogavet, Eletrisa, SEM, Euro Suit, Gráfica Campinas, Higa, Medicamp, Ouro Verde Despachante, Sika, 3 Vias e WS.

Toda essa mobilização do Marketing pontepretano surtiu efeito: em campo, os alvinegros venceram o Guaratinguetá pelo placar de dois a um e, agora, esperam o vencedor do confronto entre Palmeiras e São Paulo, amanhã, para a disputa da final. Nenê abriu o placar para o time da casa, enquanto Luís Ricardo e Wanderley viraram o jogo para a Macaca.

Foto: pontepretaesportes.com.br

quinta-feira, 17 de abril de 2008

O mais lembrado

O prêmio Top of Mind, promovido pela Revista Amanhã, é realizado há 18 anos. Funciona da seguinte maneira: entrevistadores perguntam à sociedade qual é a primeira marca que lhes vêm à cabeça dentre algumas categorias propostas: personalidade, produto e serviço.

A edição gaúcha de 2008 da pesquisa ouviu 1.200 pessoas, entre homens e mulheres, de 16 a 65 anos, e das classes sociais de A até E, de 2 a 19 de fevereiro.

E, na categoria serviço, subcategoria time de futebol, o vencedor foi o Grêmio Foot-Ball Portoalegrense. O Tricolor ficou à frente de seu arqui-rival, o Sport Club Internacional, sendo, assim, eleito o time mais lembrado pela décima-terceira vez consecutiva.

O Grêmio venceu com 52,3% dos votos, enquanto o Inter obteve 38,8%, diferença maior que a de 2007. Em Porto Alegre, o saldo é baixo: apenas 1,8%. Mas a vantagem Gremista é bem maior no Interior, 14,5% sobre o Colorado, e, principalmente, na região da Grande Porto Alegre, na qual o Tricolor vence com 16,7%.

Números que, certamente, enchem de orgulho os Gremistas, enquanto preocupam os Colorados, mesmo sem esclarecer definitivamente quem é a maior torcida da Capital, uma eterna briga que não deverá ter fim tão rapidamente. Sempre há aquele que diz que esse tipo de enquete não tem validade. Mas eu, como estudante de Relações Públicas, sei da importância e confiabilidade das pesquisas de opinião pública, embora ache que o tamanho dessa amostra poderia ser um pouco maior. Mesmo assim, não há como se contrapor. Há 13 anos que o Grêmio é a marca líder da pesquisa.

Para finalizar, gostaria de pedir desculpa aos leitores pela falta de atualização durante esta semana. Passei por uma dura semana de provas na Faculdade. Mas, agora, o Blog continua!


Imagem: gremio.net

domingo, 13 de abril de 2008

Mais caro que Copa do Mundo

Atlético Paranaense já poderia constar como sinônimo de negócio. Onde há polêmica, onde há novidade, onde há cifras, lá está o CAP. Por ter essa postura inovadora, muitas vezes acaba tendo de carregar o peso de ter apresentado uma grande mudança. Queremos ou não, o futebol brasileiro ainda é de visão predominante retrógrada.

Mas, desta vez, não chegou a ser o pioneiro. Clubes de Santa Catarina impuseram cotas para a transmissão do Estadual deste ano. A disputa está ocorrendo nos tribunais. O Furacão destacou-se mais que os catarinenses devido à sua grandeza.

Foi o fato mais discutido da semana passada. O Clube Atlético Paranaense anunciou que cobrará das emissoras radiofônicas, a partir do Campeonato Brasileiro (incluindo a Copa Sul-Americana), uma taxa de R$ 15 mil por partida. Se a empresa quiser comprar o pacote de 38 jogos da competição nacional, o preço é de R$ 456 mil. Atentem aos “38 jogos”. Isso quer dizer que seja na Arena da Baixada, seja no Maracanã, por exemplo, as rádios terão de pagar para transmitirem as partidas. Quero ver, caso o Furacão enfrente o Boca Juniors na Sul-Americana, o que uma emissora de Buenos Aires acharia disso. Pagar a um visitante. O valor será somente cobrado em caso de transmissões inteiras, não por flashes dos jogos.

Eu até acho que o pagamento é justo. As rádios recebem pelas cotas de publicidade. Ganham e usufruem da infra-estrutura do Clube. Acabam, portanto, lucrando por algo que não pagam ao anfitrião. Mas seria necessário, em minha opinião, haver um debate entre as partes interessadas. Não simplesmente o decreto do Atlético em seu site oficial. Também penso que a cobrança deveria ser feita apenas pelo mandante das partidas. E o principal, o valor da taxa. Vejamos:

Marcelo Ortiz, coordenador de Esportes da Rádio Banda B, afirma que foram pagos US$ 70 mil (aproximadamente R$ 118 mil) pelos direitos de transmissão dos 64 jogos da Copa do Mundo da Alemanha; 1,9 mil reais por jogo. Ou seja, o Furacão quer cobrar das rádios um preço quase oito vezes mais caro que o pago pelas partidas da maior competição de futebol do planeta. Acho que, dentro deste contexto, mil reais já seria um preço elevado.

Como disse, não sou contra a cobrança. O futebol não pode viver apenas das cotas da TV, de venda de jogadores, publicidade e bilheteria. Acredito que outros Clubes tomarão posturas semelhantes daqui a um tempo. Há de se valorizar suas marcas no mercado. O problema é o valor totalmente fora da realidade. Afinal, as emissoras também têm suas despesas, com funcionários, transportes, equipamentos, entre outras. E será que a mercadoria vale todo esse preço? Não ficando apenas no caso do Atlético. Mas no futebol brasileiro como um todo, onde os principais astros saem, rumo à Europa, em pouquíssimo tempo depois de estrearem como profissionais. Temos, sim, as melhores condições de fazermos do Campeonato Brasileiro o melhor do planeta. Mas nos falta organização e maiores investimentos. Acho que ainda não temos capacidade para cobrarmos um valor oito vezes mais caro que uma partida de Copa do Mundo.

Caso ocorra um boicote das rádios, o principal prejudicado será o torcedor do próprio Atlético. O Clube - que transmite suas partidas pela internet, apenas para os sócios - afirma que, caso nenhuma emissora se interesse, alugará espaços em rádios AM e FM para as transmissões de seus jogos. Mas será que é positiva uma narração inteiramente parcial? Ou os responsáveis (contratados pelo Clube) teriam coragem de criticar o time e/ou a Diretoria? Será que não há risco de algumas emissoras optarem por deixar de publicar informações sobre o CAP, em seus noticiários? Ou, então, cobrariam por minuto informado sobre o time? Afinal, também é uma forma de publicidade ao Clube.

E mais: quando o Furacão for atuar pela Copa do Brasil contra um time de uma região extremamente pobre, por exemplo. As emissoras não teriam, provavelmente, condições de arcar com os custos da transmissão. E o torcedor daquele Clube que não tiver condições de ir ao Estádio não poderá acompanhar nem via rádio? Não poderá saber informações sobre sua própria equipe? E os adeptos que vão ao estádio e têm o hábito de levarem o radinho de pilha para ouvirem as emocionantes narrações que este meio oferece teriam de deixar de lado essa característica histórica do futebol?

Isso tudo vai contra o tão comentado e elogiado Marketing Rubro-Negro. Os atleticanos, por seu lado, temem que sua equipe seja vista como antipática pelos outros torcedores brasileiros e pela imprensa nacional.

A Associação Brasileira dos Cronistas Esportivos já tomou partido: divulgou uma nota oficial, na qual diz: “Esquece sua diretoria o trabalho dos Cronistas Esportivos e das emissoras de rádio, do Paraná, que falam dezenas de horas, diariamente, sobre esporte, principalmente de futebol, informando, promovendo e enaltecendo, GRATUITAMENTE, o futebol Paranaense onde é destaque o Clube Atlético Paranaense.”

Espero não ser cobrado por estar falando o nome do Clube Atlético Paranaense. Talvez, eu passe a falar do Furacão como “o Clube de Curitiba que veste vermelho e preto”.


Foto: furacao.com

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Maradona ou... Biro-Biro (?!)

No próximo domingo, dia 13, será lançada a mais nova campanha da Coca-Cola. Sob o slogan de “Viva o lado Coca-Cola do futebol”, a empresa apresenta uma eleição, no mínimo, inusitada. Um argentino e um brasileiro disputando quem foi o melhor, na opinião do público. Desta vez, não estamos falando em Pelé.

Pontos-de-venda do refrigerante ganharão duas urnas: uma com o nome de um dos maiores jogadores do mundo: Diego Maradona. Na outra, Biro-Biro, ex-meia e ídolo do Corinthians. Os consumidores comprarão a bebida e depositarão a tampinha na urna do atleta que consideram o melhor. O resultado será divulgado no final da campanha.

Para quem não se recorda, Biro-Biro foi um jogador que se destacava mais pelos cabelos loiros, que lembravam o colombiano Valderrama, pelo bigode e por sua garra dentro de campo, do que pela qualidade técnica. Diferente de Dieguito, extramente habilidoso.

Cheio de bom-humor, o anúncio, voltado exclusivamente ao mercado brasileiro, é feito em animação, destacando ainda mais a brincadeira. A campanha foi criada pela JWT e é inspirada nas rivalidades entre Brasil e Argentina, no esporte, e nos populares debates entre os torcedores sobre quais foram os melhores jogadores do passado.

Ricardo Fort, Diretor de Marketing da Coca-Cola, no Brasil, destaca: “Este é um ano importante para a marca, uma vez que somos patrocinadores oficiais dos Jogos Olímpicos de Pequim”. Fort ainda afirma que "O futebol ajuda a manter uma conexão diária com o consumidor que gosta do esporte". A idéia é de que todos se sintam estimulados a participar da escolha.

Novamente, Maradona participa de uma divertida e criativa campanha envolvendo a rivalidade entre os dois países. Em 2006, o argentino era a principal estrela do comercial do Guaraná Antarctica, no qual sonhava estar vestindo a camisa da Seleção Brasileira.


terça-feira, 8 de abril de 2008

Astros da bola e das cifras

Os dois profissionais do futebol que mais faturaram, em 2007, são um jogador da liga estadunidense e um treinador que está desempregado. Segundo pesquisa da revista francesa “France Football”. O inglês David Beckham e o português José Mourinho foram os que mais ganharam dinheiro, entre salários, publicidade, e outros ganhos.

Pelo jeito, a saída do “Spice Boy” da Europa para um mercado não muito visível, não prejudicou seus rendimentos. Desde o ano passado no Los Angeles Galaxy, dos Estados Unidos, Beckham arrecadou 31 milhões de euros (cerca de 83 milhões de reais) durante o ano, contando salários, percentual sobre venda de camisas e Marketing.

Ficou à frente de craques como o brasileiro Ronaldinho, que somou 24 milhões de euros. Dos possíveis candidatos a melhor jogador do mundo pela Fifa, o argentino Lionel Messi incluiu 23 milhões em sua conta e o português Cristiano Ronaldo, 19 milhões e meio. Outro postulante, o brasileiro Kaká ficou na nona colocação, entre os jogadores, juntando 12,9 milhões, em 2007.

Por sua vez, Mourinho, sem Clube desde setembro, recebeu mais do que o dobro do segundo lugar entre os técnicos, Fabio Capello. Enquanto o português faturou a fortuna de 29 milhões de euros, o italiano, treinador da Seleção Inglesa, arrecadou 14 milhões e 200 mil. O motivo para tanto dinheiro é claro: Mourinho foi beneficiado por uma milionária cláusula rescisória junto ao seu ex-clube, o Chelsea. Pela terceira vez consecutiva, é eleito o treinador mais bem pago do mundo. O terceiro coach que mais embolsou foi Alex Ferguson, do Manchester United, com 7,4 milhões.

Na semana passada, a revista estadunidense “Sports Illustrated” divulgou sua lista, com Kaká na primeira colocação. Entretanto, a mesma conta somente os salários, sem patrocínios e outros ganhos extras.


Foto Beckham: Divulgação
Foto Mourinho: chelseafc.com

domingo, 6 de abril de 2008

Volta a Arena da Baixada

Dia 31 de março, segunda-feira, encerrou-se o contrato entre a Kyocera e o Clube Atlético Paranaense. O acordo tinha a duração de três anos, prorrogáveis por mais dois. Não houve interesse, de ambas as partes, de renovação.

Cogita-se que o Furacão recebia em torno de US$ 2 milhões anuais pela cessão dos naming rights e patrocínio na camiseta.

O Atlético queria, ao menos, dobrar esse valor. A quase certa participação da Arena da Baixada na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, e a visibilidade que ela terá são os argumentos dos Dirigentes, para uma maior cota.

Entretanto, a empresa japonesa queria até diminuir seu investimento, alegando que esperava que o Clube obtivesse melhores campanhas durante esses três anos. Nesse período, o Atlético foi vice-campeão da Copa Libertadores e chegou às semifinais da Copa Sul-Americana. No Brasileiro, sua melhor colocação no Brasileirão foi o sexto lugar de 2005. Em 2006 e 2007, ficou na décima-terceira e décima-segunda posição, respectivamente.

Outro fator (primordial) que pesou foi a Rede Globo. A conduta de o grupo, em nenhum de seus veículos, não mencionar o nome de patrocinadores (como já foi dito neste Blog) certamente prejudicou a visibilidade da marca.

Agora, o Furacão buscará cotas de patrocínio separadamente. Uma para os naming rights do Joaquim Américo (nome oficial da Arena) e outra para estampar a camisa. Para o estádio, a intenção é de que se busque um investimento de maior duração – pelo menos até o final da Copa.

O Emirates Group está cotado para a compra dos “direitos de nome”, assim como faz com o Emirates Stadium, do Arsenal.

Para a tarefa de buscar novos investidores, o Clube contratou os serviços da estadunidense Premier Partnerships, líder no mercado de Marketing Esportivo do país. A empresa foi responsável por buscar naming rights para o estádio do FC Dallas, que mantém parceria com o Atlético. Hoje, seu nome oficial é ‘Pizza Hut Park’.

“Temos certeza de que com um contrato bem feito e uma estratégia de comunicação competente, o novo nome será usado e falado por todos”, disse Mauro Holzmanm, Diretor de Marketing do CAP, ao jornalista André Kfouri.

É impossível a idéia de os Clubes se organizarem e exigirem que, no contrato, houvesse uma cláusula para que todos veículos de comunicação pronunciem os nomes oficiais, ou seja, incluindo o patrocinador, quando houver? A Rede Globo (e todas as outras) deveria valorizar quem investe no esporte. Por outro lado, outra interessada no Campeonato Brasileiro, a Record, desistiu de comprar os direitos televisivos da competição, pois a proposta não permitiria que houvesse uma concorrência igualitária com a Globo. Até o final de 2011, a hegemonia continuará sendo da empresa da família Marinho.


Foto: furacao.com

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Camisas 'coloridas' vendem

Poucos dias após escrever um texto sobre times que romperem com tradicionalismos para confeccionar uniformes com cores ‘não-oficiais’, volto a abordar o tema. Desta vez, falo dos resultados. Alguns números que tive acesso.

O assunto pautou a imprensa esportiva durante toda a semana passada. Ainda é assunto nesta semana. A camisa roxa do Corinthians está dando o que falar. Sem dúvida, dentre as três utilizadas por Santos, Palmeiras, além do Timão, é a que mais gera polêmica. Por dois motivos principais: devido ao preconceito de que o roxo seja uma cor de predominante preferência feminina; e a mentalidade fechada de parte da torcida, uma das maiores do Brasil, que não quer que o Clube vista outra cor, senão o preto e o branco.

Gostem ou não, progressistas ou conservadores, a camiseta está tendo extraordinária aceitação. Talvez, devido a toda repercussão em torno dela. O fato é que, em menos de uma semana, foram vendidas mais de trinta mil (!!!) camisas dessa cor. Se, mesmo sem ser utilizada, ela já atingiu essa marca, imaginem quando começarem a vesti-la.

O Santos também aproveitou-se da tática. Em apenas dois dias, 600 camisetas azuis, com detalhes dourados, foram comercializadas. O uniforme tem certa inspiração no modelo usado pelo Clube do litoral paulista em 1912.

O sucesso da camisa verde-limão do Palmeiras também é grandioso. Nas duas semanas que sucederam sua criação, foram vendidos 20.000 exemplares. Um número excepcional, que certamente aumentou ainda mais nos últimos tempos. O efeito que a camisa provoca na arquibancada é muito bom: milhares de camisetas dessa cor são vistas “brilhando”.

Senhores Dirigentes, por favor, ousem nos terceiros uniformes. Fujam do tradicional e deixem de lado essa visão retrógrada. Mantenham as cores oficiais de seus Clubes no primeiro e no segundo kit. E inventem no terceiro. O torcedor aprova. E consome.


Fotos: Divulgação

terça-feira, 1 de abril de 2008

Enaltecendo quem fez História

Na semana passada, foi a vez do Marketing do Cruzeiro fazer sua Baita Jogada. Foi lançado um projeto que tem como objetivo prestar homenagem a jogadores que marcaram época no Clube mineiro, trazendo-os novamente às atenções no Mineirão e promover a gloriosa tradição cruzeirense.

A ação, promovida pelo Departamento de Marketing e Relações Públicas e denominada “Ídolos Eternos”, beneficiará ex-atletas cruzeirenses que atuaram, pelo menos, dez vezes na equipe, proporcionando acesso gratuito aos jogos ocorridos no Estádio; inclusive com o direito de eles levarem um acompanhante, nas cadeiras especiais.

O evento de estréia, domingo, antes da vitória celeste sobre o Ipatinga, contou com a presença de personagens ilustres, como Dirceu Lopes, Joãozinho, Nelinho, Palhinha, Piazza, Raul Plasman e Tostão, entre muitos outros. Nada mal.

Excelente a atitude do Cruzeiro! Que bom seria se todos continuassem valorizando seus antigos ídolos. Os torcedores, principalmente os mais novos, devem continuar idolatrando aqueles que foram craques de seu time, como era feito quando eles eram jogadores. Devem saber que aquele senhor que está ao seu lado, quase despercebido, é um nome para sempre marcado na história do Clube.

É graças a esses ídolos que as grandes equipes são conhecidas mundo afora. É a eles que os Clubes e torcedores têm uma dívida de gratidão. O Cruzeiro é um que está pagando.


Imagem: cruzeiro.com.br