Dia 31 de março, segunda-feira, encerrou-se o contrato entre a Kyocera e o Clube Atlético Paranaense. O acordo tinha a duração de três anos, prorrogáveis por mais dois. Não houve interesse, de ambas as partes, de renovação.
Cogita-se que o Furacão recebia em torno de US$ 2 milhões anuais pela cessão dos naming rights e patrocínio na camiseta.
O Atlético queria, ao menos, dobrar esse valor. A quase certa participação da Arena da Baixada na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, e a visibilidade que ela terá são os argumentos dos Dirigentes, para uma maior cota.
Entretanto, a empresa japonesa queria até diminuir seu investimento, alegando que esperava que o Clube obtivesse melhores campanhas durante esses três anos. Nesse período, o Atlético foi vice-campeão da Copa Libertadores e chegou às semifinais da Copa Sul-Americana. No Brasileiro, sua melhor colocação no Brasileirão foi o sexto lugar de 2005. Em 2006 e 2007, ficou na décima-terceira e décima-segunda posição, respectivamente.
Outro fator (primordial) que pesou foi a Rede Globo. A conduta de o grupo, em nenhum de seus veículos, não mencionar o nome de patrocinadores (como já foi dito neste Blog) certamente prejudicou a visibilidade da marca.
Agora, o Furacão buscará cotas de patrocínio separadamente. Uma para os naming rights do Joaquim Américo (nome oficial da Arena) e outra para estampar a camisa. Para o estádio, a intenção é de que se busque um investimento de maior duração – pelo menos até o final da Copa.
O Emirates Group está cotado para a compra dos “direitos de nome”, assim como faz com o Emirates Stadium, do Arsenal.
Para a tarefa de buscar novos investidores, o Clube contratou os serviços da estadunidense Premier Partnerships, líder no mercado de Marketing Esportivo do país. A empresa foi responsável por buscar naming rights para o estádio do FC Dallas, que mantém parceria com o Atlético. Hoje, seu nome oficial é ‘Pizza Hut Park’.
“Temos certeza de que com um contrato bem feito e uma estratégia de comunicação competente, o novo nome será usado e falado por todos”, disse Mauro Holzmanm, Diretor de Marketing do CAP, ao jornalista André Kfouri.
É impossível a idéia de os Clubes se organizarem e exigirem que, no contrato, houvesse uma cláusula para que todos veículos de comunicação pronunciem os nomes oficiais, ou seja, incluindo o patrocinador, quando houver? A Rede Globo (e todas as outras) deveria valorizar quem investe no esporte. Por outro lado, outra interessada no Campeonato Brasileiro, a Record, desistiu de comprar os direitos televisivos da competição, pois a proposta não permitiria que houvesse uma concorrência igualitária com a Globo. Até o final de 2011, a hegemonia continuará sendo da empresa da família Marinho.
Foto: furacao.com
domingo, 6 de abril de 2008
Volta a Arena da Baixada
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3 comentários:
Bom Felipe, eu tb acho que a Rede Globo deveria valorizar quem investe no esporte; mas se a emissora não valoriza seus expectadores e seus próprios empregados, o esporte é que não será...
A Rede Globo eh um problema, mas nada se compara ao gremio hahahahahaha
:D
Para começar, a denominação da Arena terá de ser mais criativo. E não, algo como "Kyocera Arena". Um nome, convenhamos, que nunca cairia na boca dos torcedores atleticanos. E também creio que o Furacão precisa montar times melhores, e não apenas ilusórios, como este de 2008.
Até mais!
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